Parlamentares respondem aos eleitores, não ao governo, diz Onyx Lorenzoni sobre o fundão
Ministro Secretaria-Geral da Presidência afirmou que a tendência é que a proposta seja vetada para que o governo busque a ‘definição de outro valor’
O ministro Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, afirma que a tendência é que o presidente Jair Bolsonaro vete a proposta de destinação de R$ 5,7 bilhões para o Fundo Eleitoral, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) aprovada pelo Congresso Nacional na última semana . Segundo o membro do governo, a proposta é que, com o veto, o Executivo e o Legislativo possam discutir um valor menor. “Eu, particularmente, e o presidente também, sempre tivemos uma posição contrária ao fundo eleitoral. Defendemos que deveria ser fundo privado com fiscalização muito rígida. […] Acredito que a tendência seja o veto para fazer com que na preparação da Lei Orçamentária tenhamos a definição de outro valor, talvez mais semelhante ao que já foi usado na eleição federal de 2018, que me parece que é suficiente para atender todo o processo eleitoral”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 20.
Embora o presidente já tenha antecipado que pretende vetar o aumento do Fundo Eleitoral, a aprovação da proposta aconteceu com o voto favorável de apoiadores de Jair Bolsonaro, o que gerou uma onda de críticas à base bolsonarista. Sobre o tema, Onyx Lorezoni afirmou que não houve um direcionamento do Executivo aos partidos que compõem a base do governo, já que, segundo ele, o compromisso dos parlamentares é com o povo brasileiro. “O parlamentar ou partido está olhando para as suas condicionantes, cada partido tem total autonomia, independência e responsabilidade porque responde para o seu eleitorado, não é para o governo. O governo prepara a Lei, manda para o Congresso, tem a comissão, são feitas modificações e ajustes, depois vem a Lei Orçamentária”, ressaltou, pontuando que “cada um responde pelas suas escolhas”. Ainda na entrevista, ao ser questionado se Bolsonaro vai ser candidato à reeleição em 2022, o ministro foi categórico: “Claro que sim”, finalizou.
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