‘Perspectiva fiscal ainda é duvidosa’, diz especialista após Risco Brasil atingir menor patamar em dois anos

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Rogério Mori falou sobre a elevação da nota de crédito do país pela Fitch Ratings

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2023 08h40 - Atualizado em 27/07/2023 09h29
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Reprodução/Jovem Pan News Rogério Mori Professor de economia Rogério Mori durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News

O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco-país, atingiu nesta quarta-feira, 26, o patamar de 166 pontos, o nível mais baixo em mais de dois anos, refletindo na elevação da nota de crédito do país pela agência norte-americana de classificação de risco Fitch Ratings, que foi elevada de “BB-” para “BB”, com “perspectiva estável”. A atualização reflete a “performance macroeconômica e fiscal melhor do que o esperado”, afirmou a agência em comunicado, que também cita a consolidação de reformas e boas expectativas com a condução de políticas econômicas pelo novo governo. “Apesar de tensões políticas persistentes desde a redução da nota em 2018, o Brasil progrediu em importantes reformas rumo a desafios econômicos e fiscais”, afirma a nota. Apesar disso, o professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Rogério Mori disse que a perspectiva fiscal do Brasil ainda é “duvidosa”. “Acho que o ponto de atenção que tem que ser dado em relação ao cenário positivo continua sendo do lado fiscal. As agências de classificação de risco olham muito situações pontuais e o passado. Mas a perspectiva fiscal do Brasil ainda é duvidosa. Vemos a cada bimestre sendo revisto o déficit. Isso é uma preocupação geral da economia brasileira. Não é algo que vai afetar a curto prazo. Devemos ficar atentos porque é uma variável de risco da economia brasileira”, comentou na manhã desta quinta-feira, 27, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News.

Confira a íntegra da entrevista com o professor de economia Rogério Mori:

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