Petrobras deve encerrar trabalho remoto em outubro
Presença do presidente da estatal, general Silva e Luna, que assumiu em abril, tem estimulado a ida presencial de diretores, gerentes e outros funcionários
O trabalho remoto na Petrobras pode estar com os dias contados. Segundo fontes da Jovem Pan, a ideia é que todos estejam presencialmente, ou pelo menos a maioria, a partir de outubro deste ano. O trabalho remoto foi adotado pelo ex-presidente da Petrobras, o economista Roberto Castello Branco. Isso, inclusive, desagradava bastante o presidente da República, Jair Bolsonaro — além da política de preços que vinha sendo adotada na gestão de Castello Branco. O novo presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim Silva e Luna, que assumiu em abril, tem marcado ponto diariamente na sede da companhia.
Isso acabou estimulando, naturalmente, a presença de diretores, gerentes e outros funcionários. O processo é gradual e a ideia é que, a partir de outubro, todos estejam presencialmente nas unidades administrativas da estatal. Haverá, claro, exceções — pessoas com doenças grávidas, comorbidades ou que não foram vacinadas contra a Covid-19. Por falar na política de preços, desde o começo do mês de maio a Petrobras não ajusta os preços de diesel e de gasolina. Isso também já faz parte da nova política que vem sendo adotada na gestão de Silva e Luna. A proposta agora é promover ajustes nos preços só quando houver movimentos estruturais — não mais repassar aos consumidores os movimentos conjunturais.
Em nota, a Petrobras afirmou que acompanha continuamente o cenário da pandemia no Brasil e o avanço do Plano Nacional de Imunização (PNI). Segundo a empresa, o retorno gradual ao trabalho presencial em atividades administrativas está sendo planejado de forma segura e observando todas as medidas e protocolos de prevenção. “Em julho e agosto, a companhia realizará uma Onda Zero, restrita à alta administração. Para os demais empregados em atuação remota, as ondas de retorno estão previstas para ocorrer a partir de 1º de outubro, sendo a Onda 1 limitada a 20% da ocupação de cada prédio administrativo. Além disso, para que o retorno seja seguro, espaços físicos e áreas comuns foram adaptados e adequados”, diz o comunicado. “Na Onda Zero, no Edifício Senado (Rio de Janeiro), retornarão à atuação presencial gerentes executivos (julho) e gerais (agosto), em modelo híbrido – ou seja, alternando dias presenciais e remotos. A Onda 1 de retorno ao trabalho presencial nos prédios administrativos, em outubro, será precedida por uma nova avaliação de cenário no final de agosto, quando será observado o avanço do Plano Nacional de Imunização. Todas as ondas respeitarão os critérios de risco individuais e coletivos. A Petrobras segue acompanhando orientações das autoridades sanitárias e aprimorando as medidas preventivas que buscam proteger a saúde das pessoas”, finaliza a companhia.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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