PF rebate Toffoli e Alcolumbre e diz que buscas no gabinete de Serra eram legais

As investigações apontam que o senador e o fundador da Qualicorp José Seripieri Filho estão no topo da cadeia criminosa que promoveu os repasses de R$5 milhões não declarados

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2020 06h42 - Atualizado em 22/07/2020 08h52
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Pedro França/Agência Senado José Serra Toda a estrutura tinha por objetivo dissimular a origem ilícita dos valores repassados ao então candidato, havendo uma simulação de prestação de serviço a empresas utilizadas pelos intermediários de José Serra

A Policia Federal (PF) reagiu a ordens dos presidentes do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu a legalidade das buscas no gabinete do senador José Serra (PSDB). O tucano foi alvo de uma operação da PF e do Ministério Público de São Paulo nesta terça-feira (21) por suspeita de irregularidades na campanha de 2014. Segundo as investigações, Serra teria recebido repasses não declarados que chegam a R$ 5 milhões da empresa Qualicorp.

Agentes foram proibidos de entrar nas dependências do Congresso Nacional por ordem do senador Davi Alcolumbre, que recorreu ao Supremo para suspender o cumprimento do mandado. Segundo a mesa do Senado, a determinação judicial de busca e apreensão foi dirigida às dependências do gabinete de senador, onde estão guardados bens diretamente ligados à atividade parlamentar. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, acatou o pedido, alegando que o mandado tem “extrema amplitude” e deveria delimitar os objetos que poderiam ser apreendidos.

O delegado responsável pela operação, Milton Fornazari, rebateu e disse que o inquérito foi transferido à primeira instância pelo próprio Supremo porque os supostos crimes não teriam sido cometidos no exercício do mandato. Segundo as investigações, o senador e o fundador da Qualicorp José Seripieri Filho, preso na terça-feira, estão no topo da cadeia criminosa que promoveu os repasses de R$5 milhões não declarados. Toda a estrutura tinha por objetivo dissimular a origem ilícita dos valores repassados ao então candidato, havendo uma simulação de prestação de serviço a empresas utilizadas pelos intermediários de José Serra. O delegado disse que o objetivo agora é saber agora se os recursos foram apenas doação eleitoral ou visavam uma troca de favores.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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