PF deflagra 4ª fase da Operação Descarte, que apura uso de empresas fantasmas em esquemas de lavagem

Arquivo/Agência Brasil O nome da nova fase, “E o Vento Levou”, remete à área de atuação da empresa e ao esquema de lavagem de dinheiro para escoamento dos valores desviados do seu caixa

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (11) a Operação E O Vento Levou. Esta é a quarta fase da Operação Descarte, um trabalho conjunto da PF, Receita Federal e Ministério Público Federal que investiga rede empresas fantasmas utilizadas em esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina.

Foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo 26 mandados de busca e apreensão para os endereços das pessoas e empresas envolvidas com os fatos investigados, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG), Taubaté (SP), Nova Lima (MG) e Mogi das Cruzes (SP).

O objetivo da operação desta quinta é apurar o desvio de dinheiro da empresa CEMIG Geração e Transmissão por meio do aporte de R$ 850 milhões na empresa Renova Energia SA com posterior repasse de parte deste recurso por meio do superfaturamento de um contrato com a empresa Casa dos Ventos e escoamento dos valores através de sua transferência a várias empresas. Em seguida, o dinheiro foi convertido em espécie e distribuído a diversas pessoas.

Os investigadores apuram a participação de executivos e acionistas da Andrade Gutierrez, da CEMIG, da Renova e da Casa dos Ventos na fraude, além dos operadores financeiros e outras empresas usadas para escoar o dinheiro desviado.

Os investigados desta fase deverão responder, na medida de sua participação nos fatos, pelos crimes de associação criminosa, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas penas, somadas, poderão resultar de 9 a 38 anos de prisão.

O nome da nova fase, “E o Vento Levou”, remete à área de atuação da empresa e ao esquema de lavagem de dinheiro para escoamento dos valores desviados do seu caixa.