PGR defende prisão domiciliar para Roberto Jefferson: ‘Não oferecerá risco à sociedade’
Desde o dia 5 de setembro, o ex-deputado está internado em um hospital particular no Rio de Janeiro, com tornozeleira eletrônica e proibido de receber visitas sem autorização da Justiça
A Procuradoria-Geral da República (PGR) voltou a defender nesta segunda-feira, 20, que seja concedida prisão domiciliar ao ex-deputado federal Roberto Jefferson. A recomendação foi feita pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No documento, ela afirma que o presidente do PTB não vai oferecer risco à sociedade, “por causa da fragilidade física e da proibição de se comunicar pela internet ou meios eletrônicos”. E ressalta que as falas do ex-deputado “nunca ultrapassaram o campo da oratória”, sugerindo “a substituição da prisão preventiva por custódia domiciliar humanitária”. Caso a prisão domiciliar seja concedida, caberá a Roberto Jefferson não violar as regras ao usufruir desse benefício pois, segundo a própria subprocuradora, a “conversão para a prisão preventiva pode se dar a qualquer tempo”.
Roberto Jefferson foi preso em agosto no âmbito do inquérito das milícias digitais, por fazer parte, segundo o ministro Alexandre de Moraes, “de uma possível ‘organização criminosa’ que busca ‘desestabilizar as instituições republicanas'”. Desde o dia 5 de setembro, ele está internado em um hospital particular no Rio de Janeiro, com tornozeleira eletrônica e proibido de receber visitas sem autorização da Justiça. Antes disso, passou pela Unidade de Pronto Atendimento (UPS) do presídio de Gericinó, com quadro de infecção urinária e reclamando de dores na lombar.
*Com informações do repórter Vitor Brown
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.