Constantino diz que Roberto Jefferson não tem ‘freio na língua’, mas reafirma: ‘É um preso político’
Comentaristas do programa 3 em 1 falaram sobre a carta obtida pela Jovem Pan e questionaram decisões do STF sobre a utilização da tornozeleira eletrônica durante exames
O ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, segue internado no Rio de Janeiro, mas afirmou que não conseguiu fazer exames porque não tem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para retirar a tornozeleira eletrônica. “Até agora não obtive autorização do STF para tirar a tornozeleira, pois essa semana destina-se a exames de imagem e cateterismo”, escreveu Roberto Jefferson em uma carta, a qual a Jovem Pan teve acesso. O ministro Alexandre de Moraes autorizou a transferência do ex-deputado para o hospital no dia 4 de setembro, mas determinou que ele deve usar o equipamento eletrônico no período em que estiver realizando o tratamento médico. Procurado pela reportagem, o STF afirmou que não vai comentar. Na carta, Roberto Jefferson também comentou a decisão que determinou que ele pague indenização de R$ 300 mil ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), por ofensas homofóbicas. O presidente do PTB afirmou que o valor é “um absurdo” e voltou a ofender o governador.
Durante sua participação no programa 3 em 1 o comentarista Rodrigo Constantino falou sobre a carta de Roberto Jefferson, dizendo que, mesmo sendo alguém “sem freio na língua”, o ex-deputado segue sendo um preso político e voltou a criticar as ações do STF, citando a prisão do deputado Daniel Silveira. “Eu tendo a concordar que o Roberto Jefferson é alguém bem tosco e que não tem muito freio na língua, só que isso não é crime. O principal ponto pra mim nesta história toda é lembrar que ele é preso político. E o mesmo STF que soltou o André do Rap mantém o Daniel Silveira, deputado com imunidade parlamentar, preso. Se houve algum acordo ou não para outra carta, essa em um tom mais suave escrita pelo presidente Bolsonaro, a gente está esperando essa turma cumprir sua parte”, analisou Constantino. A comentarista Bruna Torlay também falou sobre o tema, dizendo que falta um tratamento adequado para a questão por parte do STF. “É um descaso do Supremo não entender como que são (feitos) os procedimentos médicos e a que ponto a tornozeleira talvez seja um equipamento que atrapalhe nos exames próprios para o câncer”, concluiu.
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