PGR pede arquivamento de investigação contra Renan por suspeita de propina em Belo Monte
Procuradoria-Geral da República concluiu que não há ‘dados concretos acerca de recebimento de vantagem indevida’ pelo senador; defesa fala em ‘perseguição’ contra o parlamentar
A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu o arquivamento, por falta de provas, de uma investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB). Cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se prossegue ou não com o inquérito. O parlamentar é acusado de ter recebido propina nas obras da hidrelétrica de Belo Monte. O inquérito foi aberto em 2016, após delações premiadas apontarem um pagamento de R$ 30 milhões ao Partido dos Trabalhadores (PT) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), no que a investigação chamou de “grupo de José Sarney”, em que estaria inserido Renan. No entanto, a PGR concluiu que as investigações não conseguiram identificar “dados concretos acerca de recebimento de vantagem indevida” pelo senador, seja via doação eleitoral dissimulada ou via pagamento em dinheiro. O parecer assinado pela procuradora Lindôra Maria Araújo destaca que a apuração não tem mais perspectiva de conclusão no sentido de confirmar a participação dos parlamentares. Em nota, a assessoria de Renan Calheiros afirma que “este caso foi mais um dos absurdos de denúncias sem prova e perseguição e abusos de membros do MP federal” contra ele. E aponta que de 32 investigações em que Renan foi alvo, restam apenas sete e que elas “também serão arquivadas por serem ineptas”.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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