PGR quer aprofundar investigação sobre propina da Odebrecht a Renan
Embora a Polícia Federal tenha indiciado o senador, o caso está parado desde que a Procuradoria-Geral pediu anulação do indiciamento
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que está fazendo novas diligências antes de se manifestar sobre denúncia contra Renan Calheiros. O ministro Edson Fachin deu 15 dias para que a PGR apresentasse uma manifestação conclusiva no inquérito. Delatores da Lava Jato apontaram vantagens indevidas pagas ao senador. A investigação da Polícia Federal concluída em julho aponta indícios de corrupção e lavagem de dinheiro no pagamento de R$ 1 milhão de propina da Odebrecht a Renan Calheiros em 2012. Em troca, o senador teria trabalhado para aprovação de uma resolução que restringe benefícios concedidos pelos Estados a produtos importados.
Embora a PF tenha indiciado Renan, o caso está parado faz dois meses, desde que a PGR pediu anulação do indiciamento. O órgão alega ser a autoridade responsável para conduzir investigações de pessoas com foro privilegiado. A PGR também pediu ao STF que o Senado envie informações detalhadas sobre a aprovação da resolução e informe qual foi a atuação de Renan Calheiros em relação ao texto. A subprocuradora-geral Lindôra Araújo quer ter acesso a eventuais emendas parlamentares, justificativas e votos de Calheiros. O senador nega as acusações e aponta perseguição política pelo trabalho como relator da CPI da Covid-19.
*Com informações do repórter João Vitor Rocha
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