Plano econômico eleitoral de Doria vai focar em emprego e combate à pobreza

Governador de São Paulo apresentou na última quinta quatro integrantes da sua equipe: Henrique Meirelles, Ana Paula Abrão, Vanessa Rahal e Zeina Latif

  • Por Jovem Pan
  • 17/12/2021 07h36 - Atualizado em 17/12/2021 10h20
ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Governador João Doria em coletiva de imprensa em São Paulo Ex-governador de São Paulo, João Doria é o atual pré-candidato à presidência da República pelo PSDB

O governador de São Paulo e pré-candidato à presidência da República pelo PSDB, João Doria, afirmou que vai focar na geração de empregos e no combate a fome durante a campanha eleitoral do ano que vem. Seguindo o que deverá ser o tom da corrida ao Palácio do Planalto, o tucano apresentou quatro nomes que vão integrar a equipe econômica. O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vai encabeçar o grupo, formado pela ex-secretária da Fazenda de Goiás, Ana Paula Abrão, a consultora da área tributária do ministério da Economia, Vanessa Rahal, e a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif.

De perfil mais liberal, os quatro ressaltaram a preocupação com o social, defenderam a melhora e clareza do ambiente de negócios para atrair investimentos, as concessões ao setor privado e um Estado mais efetivo. Outros dois nomes já participam das discussões, mas só devem ser anunciados no ano que vem. O governador João Doria fez uma referência ao ministro da Economia, Paulo Guedes, chamado de “posto Ipiranga” durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018. “O Brasil já entendeu também que a gasolina do posto Ipiranga acabou. Nenhum posto Ipiranga vai resolver a crise brasileira. Nós teremos uma usina de talentos econômicos”, afirmou Doria.

Se eleito para a presidência, o governador João Doria disse que não vai manter a PEC dos Precatórios, medida que classificou como irresponsável e inconstitucional. O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi enfático na preocupação com programas sociais: “É importante fazer, sim, programa social, mas com responsabilidade fiscal, que é gerado não só pelo emprego, mas também uma reforma administrativa bem feita, como foi executada no Estado de São Paulo, porque não é produtivo gastar com programa sociais quando há problemas econômicos, principalmente com falta de disciplina fiscal. Destrói emprego e destrói renda. É um programa liberal claramente com ações e preocupações sociais. Ou o contrário também, programa social com uma base estrutural e econômica liberal”.

O governador já se reuniu com representantes dos partidos Cidadania, União Brasil, Podemos e MDB para articular apoios. Nos próximos dias, o União Brasil deve oficializar o apoio ao nome de Rodrigo Garcia (PSDB), apadrinhado de Doria, para o governo de São Paulo. Sobre uma eventual candidatura como vice do ex-juiz Sergio Moro, pré-candidato do Podemos, Doria disse que continua aberto ao diálogo. O tucano se encontrou com a senadora Simone Tebet, no final da tarde desta quinta-feira.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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