Polícia indicia artista por foto de performance artística com cabeça de Bolsonaro

A denúncia, feita por Carlos Bolsonaro, aponta que há ‘indícios consistentes’ de crime de ameaça contra o presidente

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2020 07h03 - Atualizado em 04/12/2020 10h32
Reprodução / Twitter @carlosbolsonaro O artista Diadorim disse que está recebendo ameaças e que sua foto apenas retrata uma performance chamada Freedom Kick, onde a cabeça de Jair Bolsonaro foi usada como uma bola de futebol

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro indiciou um artista de Niterói por postar uma foto de uma performance artística em que uma drag queen posa com uma réplica da cabeça do presidente da república Jair Bolsonaro. A denúncia foi feita pelo filho do mandatário Carlos Bolsonaro no mês passado. Na ocasião, Carlos mandou e-mail para o titular da delegacia dizendo que na postagem do artista, conhecido como Diadorim, há indícios consistentes do crime de ameaça, além de incitar crime contra o presidente. Nesta quarta-feira, 2, a investigação foi encaminhada para a 44ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada.

Nas redes sociais, o filho do presidente chega a dizer que há atos preparatórios para nova tentativa de assassinato contra Bolsonaro. Isso porque em 6 de setembro de 2018, durante campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, o então candidato foi alvo de uma tentativa de homicídio ao ser golpeado com uma faca por Adélio Bispo. Agora, sobre a postagem, o artista é colocado como autor de apologia ao crime e por infringir a lei de segurança nacional. À imprensa, o artista Diadorim disse que está recebendo ameaças e que sua foto apenas retrata uma performance chamada Freedom Kick, onde a cabeça de Jair Bolsonaro foi usada como uma bola de futebol. Após a de decisão da polícia fluminense, Carlos Bolsonaro afirmou nas redes sociais que a “conclusão do inquérito policial agora é encaminhada ao Ministério Público para que denuncie ou solicite o arquivamento do procedimento investigatório”.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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