Polícia só concluirá inquérito do caso Henry Borel após análise de telefone de Dr. Jairinho

Aparelho foi apreendido durante a operação que resultou na prisão temporária do vereador e da professora Monique Medeiros, mãe do garoto

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2021 12h07 - Atualizado em 25/04/2021 12h35
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Wilton Junior/Estadão Conteúdo De camisa polo, bermuda e máscara, o vereador Doutor Jairinho é conduzido por policial; ele está algemado, mas suas mãos, posicionadas nas costas, não aparecem na imagem O celular do vereador dr. Jairinho será analisado pela polícia

A Polícia Civil aguarda o término das análises no celular do vereador Dr. Jairinho para concluir a investigação do assassinato do enteado, o menino Henry Borel. O aparelho foi apreendido durante a operação que resultou na prisão temporária dele e da professora Monique Medeiros, mãe do garoto. A apuração estava prevista para terminar na última sexta-feira, mas a análise de fotos e documentos no celular adiou a conclusão para o início desta semana. O advogado criminalista Alexandre Martins reforçou que os aparelhos celulares estão se tornando cada vez mais fundamentais em casos como o do Henry Borel. “Nesse próprio caso do Henry Borel foi utilizado o sistema israelense de obtenção de dados de celular para extrair informações, como mensagens de texto, ligações, inclusive geolocalização das pessoas, para ver onde elas estavam e que tipo de comunicação foi feito no período anterior aos fatos”, explica o advogado.

A defesa da mãe, Monique Medeiros, tenta convencer os investigadores a ouvirem o depoimento dela novamente. Os advogados alegam que ela também foi agredida pelo vereador. O advogado criminalista Alexandre Martins ressalta que ainda há muitas questões em aberto. “Tem muitas coisas mal explicadas nos detalhes e na situação como um todo. As coisas começaram a fugir de controle nas contradições e as pessoas começaram a não mais estar alinhadas nas suas versões”, analisa. O vereador doutor Jairinho, padrasto do menino, e a mãe, Monique Medeiros, estão detidos desde 8 de abril por suspeita de atrapalharem as investigações e influenciarem testemunhas. O prazo da prisão temporária do casal vai até 7 de maio.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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