Prefeitura de São Paulo avalia realizar Carnaval sem restrições em 2022

Em 2020, a festa reuniu 15 milhões de pessoas; a expectativa é de que o número seja ainda maior caso o evento ocorra em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2021 11h17
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo - 07/02/2016 bloco de rua no carnaval de são paulo Carnaval de rua com passagem de trio elétrico do bloco Desmanche pela Rua Xavier de Toledo, próximo ao Teatro Municipal, na região central da cidade de São Paulo.

A prefeitura de São Paulo tem expectativa de realizar o Carnaval em 2021 e, para isso, já começou a se programar. Uma pesquisa feita pela própria prefeitura apontou que 85% dos foliões ficam concentrados em 10% dos eventos espalhados pela cidade, dado fundamental para a organização da festa em tempos de pandemia. O Carnaval de rua paulistano tem crescido nos últimos 4 anos. O retorno financeiro da folia é igualmente grandioso. Só em 2020, a festa reuniu 15 milhões de pessoas. A expectativa é que, no ano que vem, o público seja ainda maior.

A decisão de permitir o carnaval de rua foi tomada diante da ampliação da vacinação e da queda nos números de internações por Covid-19. Em março deste ano a média móvel de novos casos era de 6.964 e, agora, é de 562. A capital paulista registra atualmente mais de 70% da população adulta vacinada com o ciclo completo de imunização, seja dose única ou dom duas doses. Pessoas acima de 60 anos, até o final desse mês, vão receber a dose de reforço. Até o Carnaval, em fevereiro de 2022, a expectativa é a vacinação completa de toda a população acima de 18 anos.

O secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, diz que uma eventual suspensão do carnaval poderia ocorrer mediante o surgimento de uma nova variante. “É isso que nós vamos analisar do momento adequado da realização do evento, a questão do quadro de vacinação em todo o país, a questão das internações que nós estivermos no sistema de saúde aqui da cidade e, evidentemente, também do estado, a média móvel de novos casos e de óbtiso. Tudo será analisado. É um conjunto de fatores muito grande que a vigilância sanitária e a secretaria de saúde vão analisar. Se eles não forem favoráveis, obviamente, não daremos autorização para realização do evento”, afirmou. Sobre o comprovante de vacinação, o secretário considera que exigir a vacina em um evento de grande porte como o Carnaval é inviável. Outra situação que não está no controle é a aglomeração. Apesar da programação da prefeitura, vale lembrar que a realização da festa ainda depende da situação pandêmica da cidade em fevereiro de 2022.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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