Presença de Maia vai acelerar planos de desestatização em SP, diz João Doria

Posse do ex-presidente da Câmara acontece nesta sexta-feira, 20; segundo governador, o deputado trará ‘força e experiência do seu mandato’ para ‘orientar os caminhos’ no Estado

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2021 09h10 - Atualizado em 20/08/2021 09h16
ANDRé RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Governador de São Paulo, João Doria João Doria também lançou o Programa Bolsa do Povo Educação com o objetivo de combater a evasão escolar e minimizar o atraso no aprendizado causado pela pandemia

O governador João Doria acredita que a presença do deputado Rodrigo Maia no governo paulista será fundamental para ampliar a agenda de privatizações do Estado. “Traz também a força e a experiência do seu mandato e também na qualidade de ex-presidente da Câmara federal para ajudar a orientar os nossos caminhos seja na economia, principalmente, um tema que vem muito ao nosso interesse. Esse é um governo liberal, que quer ampliar os seus programas de desestatização, sobretudo nesse período pós-pandêmico”, afirmou. Ele anunciou durante uma coletiva de imprensa que o ex-presidente da Câmara será o novo secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo. A posse de Maia para o cargo acontece nesta sexta-feira, 20, segundo informações da assessoria estadual.

João Doria também lançou o Programa Bolsa do Povo Educação com o objetivo de combater a evasão escolar e minimizar o atraso no aprendizado causado pela pandemia. Voltado aos alunos de baixa renda, o projeto vai pagar até R$ 1 mil por ano a 300 mil estudantes em situação de vulnerabilidade. Segundo o secretário de educação, Rossieli Soares, alunos e professores estão passando por um processo de adaptação e manter os estudantes no ambiente escolar é o maior desafio da educação brasileira. De acordo com Rossieli, no Brasil, há mais de 5 milhões de brasileiros que deixaram de estudar. “O abandono escolar será maior, obviamente, entre os alunos mais pobres. 32% de aumento no abandono que já existia, os alunos na extrema pobreza. Esse público precisa de mais apoio.”

O governo de São Paulo estima que a evasão escolar pode chegar a 35%. Dados da Pnad Contínua avaliam que os alunos deixam a escola por necessidade a trabalhar, o que corresponde a 39% da evasão escolar. João Doria reafirmou o compromisso do seu governo com a educação. Disse que a evasão escolar é como um “deserto para o futuro do Brasil”. Ele ressaltou a educação como forma de oferecer melhores oportunidades aos brasileiros. O programa, que foi anunciado em julho, terá investimento de R$ 400 milhões. A rede estadual tem, ao todo, 3,5 milhões de alunos, sendo que 770 mil vivem na pobreza ou pobreza extrema.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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