Presidenciáveis assinam manifesto: ‘Três décadas depois da Constituição, a democracia é ameaçada’

Luiz Henrique Mandetta, Ciro Gomes, João Doria, Eduardo Leite, João Amoedo e Luciano Huck são os signatários da carta

  • Por Jovem Pan
  • 01/04/2021 08h15 - Atualizado em 01/04/2021 08h20
D Texto não traz nenhuma citação sobre candidatura, mas todos os que assinam convergem em serem críticos a Jair Bolsonaro

Um grupo formado por seis nomes tidos como presidenciáveis para a disputa de 2022 assinou e divulgou um manifesto pró-democracia na última quarta-feira, 31. O título do texto é Manifesto Pela Consciência Democrática. Os signatários são o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT), os tucanos João Doria, governador de São Paulo, e Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, além do empresário João Amoedo (Novo) e o apresentador Luciano Huck.

O texto não traz nenhuma citação sobre candidatura no ano que vem, mas todos os que assinam convergem em serem críticos ao presidente Jair Bolsonaro. Nos bastidores, fica clara a proximidade do grupo — que pode resultar em uma chapa para a disputa de 2022. O manifesto diz que “três décadas depois da constituição de 1988, a democracia brasileira é ameaçada”. Em outro trecho, é dito que “cabe a cada um de nós defender e lutar pelos princípios e valores democráticos”.

A carta deixa claro que “a democracia é o melhor dos sistemas políticos que a humanidade foi capaz de criar. Liberdade de expressão, respeito aos direitos individuais, justiça para todos, direito ao voto e ao protesto. Tudo isso só acontece em regimes democráticos. Fora da democracia, o que existe é o excesso, o abuso, a transgressão, o intimidamento, a ameaça e a submissão arbitrária do indivíduo ao estado”.

O manifesto foi divulgado na quarta-feira, dia 31 de março, justamente no dia em que o golpe militar de 1964 completa 57 anos. Na mesma data, o presidente Jair Bolsonaro publicou em suas redes sociais uma foto de seu tempo no Exército, relembrando que “verdadeiros democratas não apagam fotos ou fatos” e a ação do Congresso, em 2013, que anulou a sessão de 2 de abril de 1964, que destituiu o então presidente João Goulart.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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