Presidente da Caixa prevê alta do crédito e projeta crescimento de 2% da economia em 2022

Apesar das altas dos juros e da inflação, segundo Pedro Guimarães, carteira de crédito do banco deve bater recorde, subindo de 10% a 15% no próximo ano

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2021 10h57 - Atualizado em 14/12/2021 11h30
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Pedro Guimarães Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal

A carteira de crédito da Caixa Econômica Federal deve bater novo recorde em 2022 e crescer entre 10% e 15%, segundo o presidente do banco público, Pedro Guimarães. O executivo afirmou na última segunda-feira, 13, no Rio de Janeiro, que, apesar de altas dos juros e da inflação, a demanda por crédito segue muito forte. Em 2020, a carteira de crédito, especialmente na modalidade imobiliária, já tinha batido recorde com crescimento de 10% em relação a 2019. De acordo com Guimarães, a inadimplência subiu em 2021, mas é considerado natural por conta dos efeitos econômicos negativos da pandemia da Covid-19. Em tom de crítica ao mercado e analistas que, segundo ele, há um mês e meio apostavam em um juros de 10 anos de 12,5%, Guimarães destacou que o crédito imobiliário da Caixa tem prazo de 35 anos e vida média de 10 anos, por isso, esse mercado se guia mais pelos juros de 10 anos do que por oscilações de curto prazo da taxa Selic. Além disso, o presidente da Caixa Econômica tem um diferencial, por financiar com os altos volumes de recursos depositados nas poupanças. “Muitas vezes, essa questão da inflação já teve o seu pique e você já está na verdade com uma redução esperada por todo o mercado, então isso já está precificado. Do ponto de vista do crédito imobiliário, estamos bem, com uma taxa de inadimplência maior do que em 2019, claro que sim, a Covid-19 impacta, mas uma taxa totalmente precificada e que não impacta o resultado do banco”, afirmou. Guimarães ainda demostrou otimismo com o crescimento da economia brasileira em 2022. Enquanto algumas previsões de mercado falam em estabilidade, o presidente da Caixa acredita que poderá haver um crescimento de 2%, baseada no microcrédito, que vem crescendo em todo o Brasil, e também em regiões fora do eixo Rio-São Paulo-Brasília.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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