Presidente da Petrobras se reunirá com a equipe de transição de governo na próxima segunda-feira
Senador Jean Paul Prates representará governo Lula, que apresenta diversas divergências políticas e de opinião sobre o comando da estatal
A primeira reunião oficial entre representantes da equipe de transição de governo, coordenada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), e a cúpula de direção da Petrobras está agendada para ocorrer na próxima segunda-feira, 28. Nas últimas horas, houve rumores de que o encontro poderia ocorrer nesta sexta, 25, mas isso foi negado por pessoas ligadas à estatal ouvidas pela Jovem Pan News. A reunião deverá ocorrer de modo virtual com o senador Jean Paul Prates (PT-RJ), senador membro da equipe de Lula que vem tocando a transição nas questões de petróleo e gás, e o atual CEO da estatal, Caio Paes de Andrade. Além disso, uma segunda reunião, em formato presencial, entre eles e suas equipes já está sendo programada para o começo de dezembro. Caio Paes de Andrade vem se tratando de um câncer. Ele já fez sessões de quimioterapia e, agora, faz de radioterapia, dividindo-se entre Brasília e São Paulo. Por isso, o primeiro encontro vai ser virtual.
Paes de Andrade tem mandato como presidente da Petrobras até abril de 2023, quando governo já estará no comando do país. A expectativa é de que a primeira reunião seja aproximação entre ele e a equipe de Lula, que apresentam grandes divergências de opinião. O governo eleito diz que vai acabar com a política de paridade de preço internacional (PPI), adotada no governo de Jair Bolsonaro (PL). Recentemente, membros da equipe de transição também pediram que a estatal paralisasse a política de venda de ativos, o que a Petrobras negou neste momento. Houve também quem pedisse para que o plano de negócios da estatal, que está para ser divulgado na próxima semana, tivesse publicação adiada para 2023.
Recentemente, Jean Paul Prates fez críticas à política de pagamento de dividendos por parte da estatal brasileira de petróleo. Ele disse que a Petrobras não pode ser vista como uma “vaca leiteira” e que ela tem que pagar dividendos do tamanho dos que são pagos por outras grandes petroleiras internacionais. Neste ano, a estatal já aprovou o pagamento de R$ 170 bilhões em dividendos, podendo superar R$ 220 bilhões em 2022, quase o dobro do que foi pago em 2021.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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