Presidente da Petrobras volta a negar interferência na política de preços

Silva e Luna afirma que o câmbio em baixa vem permitindo a companhia a segurar reajustes; general diz estar monitorando o comportamento do mercado

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2021 10h36 - Atualizado em 26/06/2021 10h52
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Reprodução/YouTube Homem de terno em cerimônia de posse Em audiência na Câmara, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, negou interferência

O presidente da Petrobras voltou a negar interferência na política de preços e disse monitorar o comportamento do mercado. De acordo com Joaquim Silva e Luna, o câmbio em baixa vem permitindo a companhia a segurar reajustes. O barril do tipo Brent, por exemplo, atingiu 75 dólares nos últimos dias, o que preocupa o mercado. Em audiência na Câmara, o presidente da Petrobras, que está há dois meses no cargo, refutou qualquer interferência em preços. “Isso não tem nenhuma intervenção de qualquer que seja. Apenas fizemos uma análise de cenário, verificamos o compromisso que temos, e separamos aquilo que é estrutural daquilo que é conjuntural. Um problema conjuntural não visa impactar preço, o que é estrutural, sim. Hoje nós temos o dólar em queda e temos um preço do Brent que já está em 75 dólares o barril. Um aumento muito grande, mas mesmo assim foi possível absorver, aguardando ainda as tendências para poder ajustar ou não. E tivemos duas baixas de preço de combustível”, explicou.

Silva e Luna lembra que a paridade de preços é importante por causa das importações de derivados como diesel. Falando aos deputados, o presidente da Petrobras defendeu a política de desinvestimentos como forma de atrair capital. A empresa prevê injetar R$ 300 milhões até 2025 e vender ativos para se concentrar no pré-sal. Joaquim Silva e Luna sinaliza que o fundo Mubadala, de Abu Dhabi, que comprou a refinaria Landulfo Alves, na Bahia, vai comprar petróleo nacional. Mubadala assinou contrato para compra da refinaria no valor de um 1,65 bilhão de dólares. O negócio foi aprovado nesse mês pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, reitera que o processo não vai gerar fechamento de postos de trabalho. Desde que foi fundada, em 1953, a empresa produziu 23 bilhões de barris, número que será superado apenas no período 2021-2050.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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