Pressão por CPI da Lava Jato cresce no Congresso
A articulação voltou a tomar corpo após o procurador-geral da República Augusto Aras ter criticado a força-tarefa e o que ele chama de “lavajatismo”
Deputados conseguiram o número mínimo de assinaturas necessárias para instalar a chamada “CPI da Lava Jato”. Com 176 assinaturas, o pedido de criação do colegiado aponta uma “suposta articulação entre os Membros da Procuradoria da República no Paraná e o então juiz Sergio Moro tornada pública pelo site The Intercept no mês de junho” de 2019. Para que a comissão seja instalada, é necessária a autorização do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Até o momento, ele não deu nenhuma sinalização de que vai ordenar o início das atividades e lideranças consideram pouco provável que a CPI de fato seja aberta.
A articulação pela criação da CPI voltou a tomar corpo após o procurador-geral da República Augusto Aras ter criticado a Lava-Jato e o que ele chama de “lavajatismo”. A oposição, principalmente, voltou a pedir a instalação, como fez a deputada Jandira Feghali (PC do B). A movimentação provocou reações de parlamentares favoráveis à Lava Jato. Pelas redes sociais, o deputado Felipe Rigoni (PSB) disse que “a Lava Jato é a operação mais importante de combate à corrupção da história do país” e que “as críticas de Augusto Aras são semelhantes ao ocorrido com a Operação Mãos Limpas, na Itália”. Já para o senador Eduardo Girão (Podemos), os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário vêm trabalhando para acabar com a força-tarefa. “Quebra-cabeça muito bem orquestrado que está se movimentando de forma com muitos subterfúgios, porque os três Poderes estão, desde o ano passado, enfraquecendo a Lava Jato”, conclui o senador.
*Com informações do repórter Levy Guimarães
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