‘O que se pretende é uma devassa’, diz Lava Jato do RJ sobre pedido de compartilhamento de dados por Aras

Em documento, os procuradores afirmaram que o compartilhamento de informações poderia prejudicar investigações

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2020 09h25
Isac Nóbrega/PR Procurador-geral discursa em evento no Planalto O ministro Dias Toffoli chegou autorizar o compartilhamento solicitado pela PGR. No entanto, o ministro Edson Fachin suspendeu os efeitos da decisão

A força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro, uma das mais atuantes no país, se manifestou encaminhando ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento pedido para que não haja o compartilhamento de informações com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Os procuradores firmam que, se houver o compartilhamento, poderia acontecer uma espécie de “devassa” dos trabalhos. O ministro Dias Toffoli chegou autorizar o compartilhamento solicitado pela PGR. No entanto, o ministro Edson Fachin suspendeu os efeitos da decisão.

Segundo documento encaminhado ao STF pela Lava Jato do Rio, o eventual compartilhamento diminui o controle sobre quem conhece as investigações e aumentam as chances de haver vazamento de dados.  Os procuradores afirmaram também no documento que o compartilhamento prejudicaria as investigações de supostos crimes que dependem de sigilo para que não haja ocultação de provas. A disponibilidade de informações poderia configurar ainda quebra de sigilo dos investigados e, por isso, é necessário, segundo os procuradores, preservar garantias constitucionais de todos os cidadãos no que está previsto na Constituição Brasileira.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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