Covid-19: Prever evolução da pandemia ‘é difícil’, diz secretário da saúde

  • Por Jovem Pan
  • 09/07/2020 06h15 - Atualizado em 09/07/2020 08h01
Reprodução Arnaldo Correia de Medeiros afirma ser difícil fazer uma avaliação precisa sobre o desenvolvimento da doença no país, uma vez que cada região apresenta uma característica diferente

O último balanço do ministério da Saúde mostra que o país já registra 1.713.160 casos da Covid-19, com 67.964 mortes pela doença. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 44.571 novos contágios e 1.223 falecimentos, sendo que ainda existem 4.105 mortes em investigação. Dados do ministério mostram que mais de um milhão de pacientes já se recuperaram da doença.

Segundo o Secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, no entanto, é difícil fazer uma avaliação precisa sobre o desenvolvimento da doença no país, uma vez que cada região apresenta uma característica diferente e as autoridades ainda estão aprendendo com a doença. Por isso, ele ressalta que a avaliação precisa ser feita a cada semana.

Na quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro vetou projeto aprovado pelo Congresso que previa que previa uma atenção especial para com as comunidades indígenas e quilombolas. E determinava a adoção de uma série de medidas para proteger essas populações consideradas mais vulneráveis para a Covid 19. A justificativa do governo para o veto foi que o congresso criou despesas extras sem a previsão de receitas para isso.

No mesmo dia, o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governo defina medidas para evitar a morte de indígenas como a criação de barreiras sanitárias para evitar a entrada de grileiros e garimpeiros nas reservas.

O governo precisa apresentar um plano de ações e garantir que as aldeias tenham acesso à serviços de saúde. O ministério da saúde explicou que tem distribuído insumos para as aldeias como máscaras, álcool, luvas e toucas. e negou que tenha enviado cloroquina para os yanomamis.

A coletiva do Ministério da Saúde, que estava sendo realizada no Palácio do Planalto desde março, de forma presencial, voltou a ser online na sede do ministério depois da confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro contraiu o coronavírus.

O gabinete do presidente foi higienizado, assim como os locais onde Bolsonaro costuma passar. Vários ministros e assessores do governo estão sendo testados para a doença, mas não houve a recomendação de afastamento de servidores que tiveram contato com o presidente.

O secretário de vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, explicou que decisões sobre tratamento e a saúde do presidente são de responsabilidade dos médicos da presidência e que os servidores precisam observar as regras que valem para o restante da população.

Distrito Federal

No Distrito Federal, a justiça concedeu liminar determinando a suspensão do decreto do governo local que permitiu a reabertura de academias, salões, bares e restaurantes. O governo local terá prazo de 24 horas para que o GDF publique um novo decreto suspendendo a flexibilização. A medida vale até que sejam apresentados estudos técnicos e científicos de profissionais da saúde que justifiquem a segurança do retorno das atividades.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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