Principais reservatórios da Grande SP operam com menos de 40% da capacidade

Sabesp não vê risco de racionamento de água até o final da primavera por causa de previsões de chuva

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2021 11h03 - Atualizado em 07/10/2021 11h27
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Foto: Renato Silvestre/Folhapress Folhapress A represa de Atibainha, em Nazaré Paulista, é uma das seis que compõem o Sistema Cantareira

A represa represa Atibainha, em Nazaré Paulista, é uma das seis que formam o Sistema Cantareira. O reservatório responsável pelo abastecimento de mais de sete milhões de pessoas por dia, na região metropolitana de São Paulo, atingiu nesta quarta-feira, 06, 29,3% de sua capacidade, o menor nível desde a crise hídrica que castigou o manancial há cinco anos, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP). O diretor-presidente da entidade, Benedito Braga, explica o que o índice representa na prática. “Significa que nós tivemos um inverno muito seco e verão de 2020 muito seco, o que fez que nós tivéssemos que usar o reservatório na sua integralidade”, pontua.

A escala criada pela Sabesp para medir o volume útil dos reservatórios estabelece que quando o nível está acima de 30% e abaixo de 20%, que é o caso do Cantareira, o sistema entra na fase de restrição, categoria em que as regras de uso do manancial são ainda mais rigorosas, apesar disso o reservatório continua em estado de alerta. Para que haja mudança para a fase restritiva, é preciso que o índice abaixo de 30% seja registrado no último dia do mês, que é a data da medição de referência, o que não aconteceu em 30 de setembro, quando, na ocasião, a capacidade do reservatório ficou um pouco acima, 30,4%.

O Cantareira não é a única preocupação. Somados os demais reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo, registraram um volume de 37,6% nesta quarta-feira. Apesar dos números, Braga diz que não há previsão de racionamento de água. Nós estamos com uma perspectiva de chuvas nesse final de primavera e no início do verão, com isso nós não antevemos nenhum desabastecimento até o final da primavera. Nós estamos trabalhando no aumento da oferta da infraestrutura. Em contra partida, nós esperamos que a população faça a sua parte, usando a água racionalmente”, disse o diretor-presidente.

A Sabesp também adotou um sistema de redução da pressão de água nas tubulações no período noturno, o que tem permitido a economia de quase dois mil litros por segundo. Por outro lado, a medida acaba afetando moradores de regiões mais altas e distantes dos reservatórios. Há reclamações de que, à noite, a água não tem força para chegar às torneiras. Além de São Paulo, moradores de alguns bairros do Rio de Janeiro, de Brasília, de Belo Horizonte e outras cidades nas regiões sudeste e centro-oeste também têm se queixado de falhas no abastecimento.

*Com informações da repórter Livia Zanolini

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