Sistema Cantareira chega a estado de restrição com menor nível em cinco anos
Outros sistemas que abastecem a região metropolitana de São Paulo estão com níveis entre 30 e 40%
O Sistema Cantareira, o principal dentre os que fornecem água para os habitantes da região metropolitana de São Paulo, caiu para 29,9% de sua capacidade neste sábado, conforme aponta o portal dos mananciais da Sabesp. Esta queda significa que o sistema chegou ao estado de ‘restrição’, que impacta no volume máximo de água que pode ser retirado para o abastecimento, quando registrado no fim do mês. O nível atual é o menor desde 29 de março de 2016, dia no qual o Sistema Cantareira estava em 29,6%, afetado por grave crise hídrica que havia se prolongado nos dois anos anteriores. Atualmente, a falta de chuvas também é o que causa o problema, com chuvas abaixo do normal em 2020 e 2021.
A Sabesp descarta realizar um racionamento de água na Grande São Paulo, mas admite que pode ser necessário reduzir a pressão nas tubulações para preservar os sistemas. Além do Cantareira, outros seis sistemas abastecem a região metropolitana (Alto Tietê, São Lourenço, Guarapiranga, Rio Claro, Rio Grande e Cotia). Considerando a capacidade total somada dos sete sistemas, o armazenamento atual está em 37,8%, em nível de “alerta”. O Alto Tietê, o segundo maior, está na marca de 40%.
O período mais chuvoso do ano se inicia em outubro, e a expectativa é que a situação melhore levemente, levando o Cantareira de volta ao nível de ‘alerta’. Nas projeções do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o sistema pode alcançar 36% de armazenamento até o fim do ano. No entanto, o baixo nível de chuvas em 2021 preocupa: ainda de acordo com o Cemaden, as precipitações acumuladas nos meses secos (abril a agosto) deste ano representaram 32% da média histórica (calculada com dados de 1983 a 2020) para o período de abril a setembro.
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