Projeto de lei na Câmara prevê segurança armada em todas as escolas do país

Nesta segunda-feira, 10, deputados que apoiam a medida começam a coletar assinaturas para que ela seja votada em plenário

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2023 11h26
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WILLIAN MOREIRA / FUTURA PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO Policial militar aparece de costas segurando uma arma Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos investiga as operações que causaram 30 mortes na Bahia

A quantidade de ocorrências relacionadas a ataques em escolas brasileiras tem crescido nos últimos anos, mas desde os últimos episódios ocorridos na capital de São Paulo e na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, propostas sobre o assunto surgiram no Congresso Nacional. O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL), por exemplo, criou um projeto de lei para garantir segurança armada nas unidades de ensino. “Precisa ser associada a capacidade de reprimir uma agressão com segurança. Quando você tem o dinheiro dentro de um banco, esse dinheiro é protegido por guardas armados. O presidente da República, os ministros de Estado, os prefeitos e governadores, todos são protegidos por pessoas armadas. Nossas crianças, que são nossos bens mais valiosos, elas também merecem a proteção devida, no caso a proteção de guardas armados”, declarou o parlamentar em entrevista à Jovem Pan News. A proposta é que as escolas particulares paguem pelo serviço de segurança armada e, no caso das escolas públicas, sejam elas municipais, estaduais ou federais, policiais da reserva fariam a segurança de forma armada.

Além disso, militares da ativa e que fazem parte da Ronda Escolar também permanecerão atuando em todo o período de funcionamento das unidades escolares, como explicou Bilynskyj: “O policial armado não precisa ser um policial da ativa, pode ser um policial aposentado e da reserva (…) O policial que está lotado dentro de uma escola, nada impede que ele faça patrulha em outros lugares ali próximos da escola. Não impede que ele atenda emergências fora desta escola. A única questão é que as escolas não podem ser locais absolutamente desprotegidos, que é o que acontece hoje”. O projeto foi protocolado no dia 27 de março, mesma data em que a professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, foi assassinada a facadas um adolescente de 13 anos em uma escola da zona oeste paulistana. Nesta segunda-feira, 10, deputados que apoiam o projeto irão começar a coletar assinaturas para que ele seja votado em plenário.

*Com informações do repórter David de Tarso

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