Projeto do governo para compra de câmeras corporais tem adesão de 20 estados e do DF
Ao todo, foram solicitados 52.558 equipamentos, que serão adquiridos por meio de uma ata nacional de registro de preços, permitindo que os estados realizem as contratações diretamente

O Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil está avançando com um projeto que visa padronizar e ampliar o uso de câmeras corporais entre as forças policiais do país. Até o momento, 20 estados e o Distrito Federal manifestaram interesse em aderir a essa iniciativa, que será formalizada por meio de um pregão eletrônico agendado para o dia 27 de março. A implementação das câmeras corporais já mostrou resultados positivos em locais como São Paulo, onde estudos indicam uma redução significativa na letalidade policial.
Apesar do entusiasmo em grande parte do país, seis estados – Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Maranhão e Mato Grosso – ainda não aderiram ao projeto. As razões para essa ausência não foram explicitadas, mas a introdução das câmeras tem gerado debates acalorados em várias regiões. Em nota oficial, o Ministério da Justiça destacou que o edital para a aquisição de câmeras, lançado em novembro de 2024, já assegurou recursos para estados como Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte. Outros dez estados estão sob análise pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, que avaliará a distribuição dos R$ 155 milhões disponíveis com base em critérios como o tamanho do efetivo policial e a experiência prévia com o uso das câmeras.
Além da aquisição direta de câmeras, o Ministério da Justiça e Segurança Pública está promovendo uma licitação para estabelecer uma ata nacional de registro de preços. Este contrato de comodato permitirá que as forças policiais tenham acesso a atualizações tecnológicas contínuas, garantindo que os dispositivos permaneçam eficazes e atualizados.
Até o momento, 21 estados demonstraram interesse, totalizando um pedido de 52.558 câmeras, das quais 2.000 serão destinadas à Força Nacional. Essas iniciativas fazem parte de um esforço mais amplo da Secretaria Nacional de Segurança Pública para modernizar e tornar mais transparente a atuação das forças policiais no Brasil.
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