Queiroga afirma que idas do filho ao Ministério da Saúde eram ‘visitas ao trabalho do pai’

Queiroguinha teria visitado a sede da pasta e o Palácio do Planalto cerca de 30 vezes desde que o ministro assumiu o cargo no ano passado

  • Por Jovem Pan
  • 06/07/2022 08h16 - Atualizado em 06/07/2022 11h45
Billy Boss/Câmara dos Deputados Marcelo Queiroga Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, em audiência na Câmara dos Deputados

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu o filho dele, Antônio Cristóvão Neto, conhecido como Queiroguinha, da acusação de usar o nome do pai para fazer tráfico de influência. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro destacou que o rapaz, que também é médico e pré-candidato a deputado federal na Paraíba, não influencia em nenhuma das decisões tomadas pela Saúde. Queiroguinha teria visitado a sede do Ministério da Saúde e o Palácio do Planalto cerca de 30 vezes desde que o ministro assumiu o cargo no ano passado, o que, segundo o ministro, não representa nenhuma irregularidade.”O filho do ministro foi visitar o ministro no gabinete. Qual é o problema em um filho ir visitar o pai no local de trabalho? Aí ele traz o dado de que teria sido 1,7 visitas por mês”, comentou o ministro.

Marcelo Queiroga também afirmou que Queiroguinha também não está envolvido em nenhum esquema de corrupção e não tem qualquer relação com a liberação de verbas do governo federal. “Em nome do governo, ele não fala. O presidente Bolsonaro é uma das maiores lideranças populares do Brasil. Eu tenho a honra de servir ao governo dele. E o meu filho o admira como milhões de jovens que seguem a direita do Brasil. Tenho a consciência tranquila, ajo dentro da lei”, disse Queiroga.

A audiência foi realizada de forma conjunta entre as comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Defesa dos Direitos do Consumidor, de Fiscalização Financeira e Controle, de Seguridade Social e Família e de Trabalho, Administração e Serviço Público. Durante a reunião com os parlamentares, o ministro da Saúde também comentou o fim da emergência em saúde pública, destacando que o governo segue acompanhando os indicadores de casos de Covid-19. E falou sobre a caderneta da gestante, lançada no mês passado, que não faz apologia à violência obstétrica. Ele ainda defendeu que mudanças na legislação sobre aborto devem passar por referendo popular. E também disse que decisões monocráticas do judiciário não podem reverter cláusulas pétreas da Constituição brasileira.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor

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