Queiroga volta a negar problemas com a China por falta de insumos para a CoronaVac

Ministro da Saúde afirmou que atraso na chegada do IFA se dá por questões contratuais, diferente do que o governo de SP e o Butantan alegam

  • Por Jovem Pan
  • 15/05/2021 11h42
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Luis Lima/Estadão Conteúdo - 08/01/2021 Seringa com vacina Nesta sexta-feira, 14, o Ministério da Saúde assinou um novo contrato com a Pfizer

O atraso na chegada do IFA para o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, não é resultado de problemas diplomáticos entre Brasil e China. A declaração foi dada nesta sexta-feira na Urca, em uma cerimônia para a vacinação de atletas brasileiros que vão as Olimpíadas de Tóquio, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Nesta semana, começaram a surgir problemas de abastecimento de insumo tanto para o Butantan, que produz a CoronaVac, quando para a Fiocruz — que produz o imunizante de Oxford/AstraZeneca.

O governo de São Paulo e representantes do Butantan tem dito que as relações diplomáticas entre Brasil e China andam abaladas por conta de sucessivas declarações dadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, que chegou a insinuar que a China teria criado a doença e uma espécie de guerra química. Depois, ele voltou atrás na posição e disse que não usou a palavra China no seu pronunciamento. Para o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a falta de IFA no Butantan é uma questão comercial e não tem nada a ver com questões diplomáticas. “Não há nenhum problema diplomático entre o Brasil e a China. A Fiocruz, inclusive, recebeu recentemente IFA proveniente da China. A questão do Butantan com a China é uma questão contratual e que eu espero que esse suprimento ocorra normalmente e a produção se regularize.”

Nesta sexta-feira, 14, o Ministério da Saúde assinou um novo contrato com a Pfizer, depois de uma semana agitada e que se falou em demora na compra de vacinas do fabricante, para chegada de mais 100 milhões de doses. Havia outro contrato também deste tamanho. Queiroga espera que, com essas vacinas, e as produzidas pelo Butantan, Fiocruz e outras que fazem parte do cardápio do PNI, toda população adulta brasileira estará imunizada até o fim do ano. Sobre a possiblidade de ser novamente convocado para prestar depoimento no Senado no âmbito da CPI da Covid-19, ele afirmou que está à disposição das autoridades. Se for novamente intimado, vai de peito aberto, de cabeça erguida e entrará pela porta da frente do Congresso.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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