Reabertura de escolas privadas não aumentou contágio, diz pesquisa

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Escolas Particulares mostra que 87% dos colégios não registraram casos de Covid-19 entre alunos após volta às aulas

  • Por Jovem Pan
  • 05/12/2020 09h48
MARLON COSTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Escolas particulares não notaram aumento de infecção entre alunos

O Ricardo Florêncio é mantenedor de uma escola infantil na Zona Norte de São Paulo e reabriu as portas no dia sete de outubro. Desde então, nenhum caso de Covid-19 foi registrado nem entre os alunos nem entre os professores. “Desde junho, julho, a escola estava com todos os protocolos implantados, nós tínhamos comprado todos os EPIs, então nós só estávamos aguardando a liberação mesmo. A partir do momento que o governo liberou, pudemos voltar. Já tinham pais loucos para trazer as crianças para a escola”, afirmou. Assim como na escola do Ricardo, 87% dos colégios que participaram de uma pesquisa também disseram não ter identificado nenhum caso de Covid-19 entre os alunos.

Já entre os professores, 75% não relataram infecções. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Escolas Particulares e pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo. Diante dos dados, o presidente da Abepar, Arthur Fonseca, defende a volta total das aulas presenciais. “A sociedade brasileira tem que considerar a atividade presencial essencial e dar as condições para que isso volte a acontecer, aliás, o que aconteceu no resto do mundo”, afirmou. A engenheira de materiais Caroline Leite é mãe da Ana Clara, de cinco anos. Ela conta que, no início, teve receio de mandar a filha para a escola presencialmente. A decisão foi tomada quando percebeu um retrocesso no desenvolvimento da filha, que é autista, por causa dos meses de confinamento. “Em casa ela é hiperativa então ela não tinha com o que se distrair. O retorno foi muito benéfico, ela com dez dias que ela retornou para a escola a gente começou a notar que o comportamento dela mudou da água para o vinho”, afirmou. Ao todo, setecentas e três escolas foram questionadas pelo estudo. A pesquisa foi realizada entre os dias oito e trinta de novembro.

*Com informações da repórter Nicole Fusco

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