Receita aperta cerco e reduz sonegação fiscal no Brasil

De acordo com estudo do IBPT, o faturamento não declarado pelas empresas é de R$ 2,33 trilhões ao ano

  • Por Jovem Pan
  • 02/01/2021 09h25 - Atualizado em 02/01/2021 09h51
Stevepb/Pixabay Pilha de moedas Em 2019, total corresponde a 15% da arrecadação; em 2002, o índice era de 32%

O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) aponta que a sonegação fiscal no Brasil atingiu R$ 417 bilhões. O presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral, explica que o total em 2019 corresponde a 15% da arrecadação, mas segue uma trajetória de queda. Em 2002, o índice era de 32%. “Essa queda da sonegação ela se deve ao cruzamento eletrônico de dados, pois as empresas precisam apresentar obrigações acessórias de modo eletrônico permitindo ao fisco constatar inconsistências e irregularidades. Esse cruzamento se dá com NFEs, pagamentos, movimentação financeira e aquisição de bens e direitos.”

De acordo com o estudo do IBPT, o faturamento não declarado pelas empresas é de R$ 2,33 trilhões ao ano. Gilberto Luiz do Amaral ressalta a complexidade do sistema tributário, que gera dúvidas aos contribuintes e inconsistências nos lançamentos fiscais. Foram emitidos, em 2019, 261 mil autos de infração — 715 por dia. Em valores, a sonegação de tributos federais é maior nos setores industrial, financeiro, prestação de serviços e no comércio.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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