Rede pública de Nova York volta às aulas nesta segunda; retorno escolar divide opiniões

Pais, especialistas, autoridades e professores divergem sobre ensino presencial em meio à pandemia da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 07/12/2020 07h49 - Atualizado em 07/12/2020 10h40
EFE/EPA/ANDRE PAIN Mesmo passando por uma segunda onda da pandemia, países como França, Reino Unido, Alemanha e Espanha mantiveram as escolas abertas

As escolas públicas de Nova York reabrem nesta segunda-feira, 7, mesmo com uma piora sensível dos números da pandemia nos Estados Unidos. Por enquanto, voltam somente os alunos do jardim de infância e do ensino fundamental, que já tinham se matriculado quando o prefeito, Bill de Blasio, fez o anúncio do retorno, no fim de novembro. Na ocasião, o democrata afirmou que muitas evidências apontam para a segurança do ambiente escolar. Com mais de 1 milhão de alunos, a maior rede do país ficou fechada por duas semanas após a primeira reabertura, no final de setembro, que chegou a ser adiada duas vezes por problemas políticos e de logística.

No Brasil, não é diferente. Pais, especialistas, autoridades e professores também divergem sobre a hora de mandar as crianças de volta à sala de aula. Para o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo, as aulas presenciais deveriam voltar o quanto antes, com exceção do ensino médio. Segundo o presidente da entidade, Benjamin Ribeiro da Silva, o local mais seguro para as crianças é a escola. “Se a gente começasse a se estrtuturar para atender a partir de fevereiro já é um grande caminho, mas que os alunos sejam obrigados a participar das aulas, com exceção daqueles que a família relmente não quer.”

Por outro lado, um possível retorno preocupa professores e funcionários. O secretário de Educação e Formação do Sindicato de Servidores Municipais de São Paulo, Maciel Nascimento, diz que a estrutura atual torna o retorno perigoso e não surte o efeito desejado nos estudantes. “Foi uma mudança muito abrupta em duas vidas. E simplesmente se preocupar com números, eu tenho um ano letivo, preciso fechar esse ano letivo, então eu levo os alunos do ensino fundamental para as escolas, levo os professores também e o resultado está dado. Temos poucos alunos que estão acompanhando esse processo presencial, mas ainda sim são alunos que correm riscos e colocam em risco suas famílias e os profissionais da educação”, afirma. Mesmo passando por uma segunda onda da pandemia, países como França, Reino Unido, Alemanha e Espanha mantiveram as escolas abertas. Na França, no entanto, as unidades de segundo grau foram apontadas como possíveis origens de surtos de coronavírus. A Suécia, por exemplo, anunciou, na última quinta-feira, o fechamento das escolas de ensino médio por um mês. 

*Com informações da repórter Nanny Cox

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