Reduzir tempo de aposentadoria dos policiais pode ‘configurar privilégio’, diz líder do PSL na Câmara
O líder do PSL na Câmara dos Deputados, delegado Waldir Soares (GO) disse que atender ao pedido dos policiais civis e federais, que querem ser enquadrados nas regras de aposentadorias mais flexíveis das Forças Armadas pode “configurar privilégio”. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quarta-feira (3), o parlamentar afirmou que partido está “fechado” com o parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) apresentado ontem (2).
“A gente respeita as corporações, mas estamos [o PSL] fechados com o relator. Falamos com ele e já tivemos avanços para a categoria no texto, como a pensão integral por morte em serviço e a contagem também integral de tempo trabalhado, independente que que área da segurança pública esse policial atuou. Então, acreditamos que com esses avanços, aposentar com menos de 55 anos já pode configurar privilégio”, declarou.
Soares disse, ainda, que não é o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que precisa do sacrifício, mas sim o país, que precisa de um “sacrifício de todas as categorias”. Ele ressaltou que quando foi entregue a proposta separada de reforma da Previdência para as Forças Armadas, ele previu que isso seria “um grande abacaxi”.
Estados e municípios
Sobre a inclusão de estados e municípios no texto, o deputado lembrou que os atores da reforma não são apenas os parlamentares, como deputados e senadores, mas também “governadores, vereadores e prefeitos”. Para ele, “todos tem que dar sua cota de sacrifício e imprimir suas digitais na proposta”, o que não está acontecendo atualmente, já que governantes querem “surfar na onda” da nova Previdência sem se comprometer.
“Se os governadores do PCdoB, PT, que são mais resistentes, de oposição, se eles apresentarem seus votos, dá para fazer a inclusão dos estados e municípios”, afirmou Soares.
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