Relação com EUA não deve retroceder mesmo com vitória democrata, diz Mourão

Mourão garante que a politica ambiental não muda por conta do processo eleitoral americano

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2020 07h24 - Atualizado em 04/11/2020 11h39
Francisco Stuckert/Estadão Conteúdo Vice-presidente com bandeira do Brasil ao fundo Ao analisar a situação do pais, Mourão ressalta que, passada a eleição, será necessária uma pacificação interna

Apesar do presidente Jair Bolsonaro ter se mostrado nos últimos dias confiante na reeleição de Donald Trump nos EUA, ressaltando que a vitória do republicano seria boa para as relações comerciais e diplomáticas com o Brasil, o discurso dentro do governo é de que a cooperação entre os dois países é histórica e vai muito além do bom relacionamento que Bolsonaro afirma ter com Trump. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que viajaria para a Amazônia com o vice-presidente Hamilton Mourão e embaixadores, vai ficar em Brasília a pedido de Bolsonaro para acompanhar para orientar possíveis conversas que podem acontecer ainda nesta quarta (4).

Mourão garante que a politica ambiental não muda por conta do processo eleitoral no país e foi irônico ao falar sobre o temor existente a alguns setores da sociedade dentro do governo da possiblidade de vitória do candidato democrata. “Parece que se Joe Biden for eleito presidente, na partir da segunda quinzena de janeiro o corpo aéreo americano vai baixar aqui, entrar na Amazônia e mudar tudo o que está acontecendo. Não é assim que vai ocorrer.”

Ao analisar a situação do pais, Mourão ressalta que, passada a eleição, será necessária uma pacificação interna. O vice-presidente ainda lembrou que a relação entre o Brasil e os EUA não deverá sofrer retrocessos. Ele explica, por exemplo, que independente da simpatia ou não que possa existir entre os governantes, a relação entre os dois países é de Estado. Mourão admite problemas, mas, segundo ele, eles podem ser resolvidos. Ele foi além: ressaltou que o governo norte-americano ainda terá que enfrentar divergências com boa parte da Europa.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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