Decisão sobre compra da CoronaVac é do presidente, diz Mourão

Na semana passada, o general havia afirmado que o governo compraria a vacina desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2020 06h04 - Atualizado em 04/11/2020 09h20
Romério Cunha/VPR O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão Hamilton Mourão garante que não há rusgas com o presidente, e sim eventuais divergências de opiniões

O vice-presidente da república, general Hamilton Mourão, nega que haja qualquer divergência com o presidente Jair Bolsonaro em relação ao posicionamento do Brasil sobre as vacinas contra a Covid-19. Na semana passada, o general afirmou que o governo federal comprará o medicamento desenvolvido pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, caso tenha a eficácia comprovada. Bolsonaro, no entanto, vem questionando investimentos públicos na produção do imunizante, e horas após a declaração do vice ser publicada, fez questão de lembrar que a decisão final compete a ele. o vice-presidente garante que não há rusgas com o presidente, e sim eventuais divergências de opiniões. “Aqui não há briga, existem opiniões. Quem decide é o presidente, ele que foi eleito para isso”, afirma.

Hamilton Mourão disse ainda não ter sido procurado ou conversado com Jair Bolsonaro sobre a declaração, explicou que a vacina é brasileira e que será produzida aqui, e lembrou que ainda é cedo para fazer previsões sobre essa questão. “O presidente vai tomar a decisão que for melhor para o conjunto a população que é responsabilidade dele, quis deixar claro porque fica essa discussão. E também vamos aguardar, essa vacina não é uma coisa tão simples. Muita gente fala que no começo do ano terá vacina, mas não é assim”, disse. De acordo com o vice-presidente, a vacina mexe com a estrutura molecular, o que demanda estudos complexos para garantir que seja segura e eficaz. Mourão lembrou que a ciência pode, inclusive, determinar que determinados grupos não devem tomar o medicamento, o que diminuiria a quantidade de doses necessárias.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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