Relator da PEC do voto impresso defende auditagem: ‘Direito de quem perde a eleição’

Filipe Barros explicou a proposta e afirmou que, diferente do que alegam, a cédula de votação não passa pela mão do eleitor

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2021 10h18 - Atualizado em 14/05/2021 10h56
WELLINGTON CARVALHO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 15/11/2020 Pessoa votando de máscara em uma urna eleitoral Filipe Barros também afirmou que a judicialização do resultado eleitoral é um direito de todos os que vierem a perder uma eleição

O deputado federal Filipe Barros, que será o relator da PEC do voto impresso, defendeu uma ampla discussão sobre o tema. De acordo com ele, a comissão especial irá ouvir todas as pessoas e instituições que participam dessa discussão direta e indiretamente. “Todos os instrumentos que vierem para fortalecer a democracia e soberania popular devem ser discutidos pelo parlamento brasileiro. E a PEC do voto auditável é mais um desses instrumentos que a Câmara vai se debruçar agora, como já fez no passado. No final das contas, debatemos o aprimoramento das nossas instituições democráticas.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, ele rebateu algumas críticas que relacionam a adoção da auditagem a um gasto. “Não existe gasto quando falamos disso, existe investimento. Todos os pontos de vista devem ser colocados nesse debates. Temos que discutir instrumentos para que o voto seja, de fato, respeitado. Todos os instrumentos que vierem para fortalecer a soberania e garantir ao eleitor que sua vontade atrás do voto seja mantida.” Ele explicou que a defesa do voto impresso não trás de volta a cédula, como algumas pessoas alegam. “O texto da deputada Bia Kicis diz que, a partir do momento do voto, a urna imprime uma cédula que o eleitor não tem contato, apenas visualiza. Se estiver correto, ele é depositado em uma cápsula que fica sem acesso ao eleitor. Essa é a proposta original.”

Ainda assim, ele defende que todas as possibilidades que vierem com essa perspectiva de proteger a democracia serão colocadas em discussão. Filipe Barros também afirmou que a judicialização do resultado eleitoral é um direito de todos os que vierem a perder uma eleição. “É importante desmistificar o tema. Aquelas pessoas que, por ventura, perderam ou não concordam, quando apresentam motivos plausíveis, possuem instrumentos de auditagem dos votos. Não possuímos isso no nosso país. Não podemos afirmar que houve ou não fraude por não ter essa possibilidade.”

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