Relatora pede suspensão de deputado que xingou o Papa na Alesp
Frederico D’Ávila chamou o Papa Francisco de ‘vagabundo’ e xingou o arcebispo de Aparecida durante fala no Plenário
A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai votar na próxima segunda-feira, 13, o afastamento do deputado Frederico D’Ávila (PSL) da Casa por três meses sem salário por ter xingado autoridades da Igreja Católica. O parlamentar enfrenta um processo no Conselho de Ética da Casa por ofensas contra o Papa Francisco e o arcebispo de Aparecida. Os xingamentos foram feitos após o feriado de Nossa Senhora Aparecida, quando Dom Orlando Brandes disse que “para ser pátria amada, não pode ser pátria armada”. “Pátria armada é uma pátria que não se submete a esta gentalha, seu safado. A última coisa que vocês tomam conta é da alma e da espiritualidade das pessoas, seu vagabundo. Safado. Quem se submete a este Papa vagabundo também”, disse. No parecer apresentado ao Conselho de Ética, a relatora Marina Helou entendeu que o colega quebrou o decoro parlamentar e praticou a intolerância religiosa. Os nove parlamentares do colegiado vão deliberar na segunda se o afastamento do cargo por 3 meses é a pena adequada. Se aprovado, o texto segue para o plenário, e será votado por todos os deputados. Se 48, dos 94, decidirem pelo afastamento, D’Ávila não poderá exercer atividades parlamentares pelo período. Até o momento, duas pessoas já apresentaram o voto em separado: o deputado Enio Tatto, do PT, pediu a ausência de Frederico por 6 meses, enquanto o Delegado Olim, do PP, defendeu a penalidade de censura.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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