‘Renan será processado por abuso de autoridade e denunciação caluniosa’, diz Ricardo Barros

Deputado também irá entrar com processo contra o senador Omar Aziz, pela suspensão, sem justa causa, da sua oitiva na CPI da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2021 10h54
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO - 01/10/2021 O deputado federal, Ricardo Barros, conversando e apontando com o dedo O deputado Ricardo Barros irá processar os senadores Renan Calheiros e Omar Aziz

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), investigado pela CPI da Covid-19 por indícios de suposta participação no caso Covaxin, afirmou nesta quarta-feira, 19, que irá processar o relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), por abuso de autoridade e denúncia caluniosa. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o parlamentar informou que também irá processar o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), pela suspensão, sem justa causa, da sua oitiva. Barros foi ouvido pela Comissão em agosto, mas teve o depoimento interrompido após bate-boca entre os senadores. “Renan Calheiros será processado por abuso de autoridade e por denunciação caluniosa. O Omar Aziz por suspender a minha oitiva, sem justa causa. Ele me deu cerceamento de defesa e me impediu de esclarecer coisas que agora estão escrevendo no relatório”, disse Barros.

“Eles impediram a minha fala na CPI porque eu destruí a narrativa deles com documentos. Tudo que eles estavam falando eu fui provando documentalmente que não era”, acrescentou o deputado, que reforçou, mais uma vez, a sua fala de que “a CPI fez muito mal ao Brasil”. Para ele, o saldo da Comissão foi negativo e os indiciamentos presentes no relatório de Calheiros não irão resultar em acusações pelo Ministério Público. “Nenhum resultado. Tem um capítulo inteiro sobre Ricardo Barros, 50 páginas. As primeiras cinco páginas o Calheiros copiou do próprio Mistério Público, portanto, não vai somar nada na ação que já ocorre sobre aquele antigo caso da Global onde nós estamos provando que fizemos a compra absolutamente dentro da regra”, justifica o parlamentar.  Depois ele fala das minhas empresas, o que não tem nada a ver com a CPI. São empresas patrimoniais. Depois ele fala daquele gabinete paralelo. Eu nunca fiz parte de nenhum gabinete paralelo, nem existe esse gabinete”, frisou.

Durante a entrevista, Barros negou qualquer envolvimento com o caso Covaxin e irregularidades na compra de medicamentos da Global Saúde na época em que o deputado comandava a Saúde. Segundo ele, 12 pessoas que trabalharam diretamente no (negociação) de compra da vacina indiana negaram o seu envolvimento no processo. Barros ainda defendeu que a CPI afastou os fornecedores de imunizantes contra a Covid-19 no Brasil. “Eu entendo que a CPI tem o seu papel, mas ela tenta constranger o governo dizendo que mais mortes ocorreram por ação da gestão Bolsonaro, mas nós temos que entender que foi o governo que patrocinou as vacinas. A CPI afastou os fornecedores de vacina. Ninguém mais quis tratar de vacina no Brasil para não sentar nesse circo”, finalizou o parlamentar.

Confira a íntegra da entrevista de Ricardo Barros ao Jornal da Manhã:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.