Ricardo Barros não descarta que reforma tributária seja votada ainda em 2020

Líder do governo na Câmara ressaltou que o parlamento é uma “casa de acordos” e isso pode facilitar

  • Por Jovem Pan
  • 18/11/2020 08h58
Marcelo Camargo/Agência Brasil O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros O parlamentar defende a liberação de emendas na tentativa de aumentar o apoio no Congresso.

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, não descarta a votação da reforma tributária ainda em 2020. “Somos uma casa de acordos. Tendo acordo, votamos rápido. A reforma tributária é complexa, temos questões como os impostos, a criação do IVA. Ela poderia ser votada a tempo de ser implementada ano que vem, apesar de não ser fácil construir acordos nessa velocidade. Mas, como ela está sendo discutida há muito tempo, havendo vontade política podemos avançar neste sentido. Depende de muitos fatores”, explicou. Ele destacou que é da vontade do presidente da Casa, Rodrigo Maia, entregar a reforma tributária como legado da sua passagem — da mesma forma que Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro. Para ele, o adiamento das eleições municipais atrapalhou o cronograma e sobrou pouco tempo entre o pleito e o recesso parlamentar para discutir temas relevantes.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Ricardo Barros citou outras prioridades de discussão da Casa. A cabotagem, pro exemplo, está na pauta desta quarta-feira (18). “Temos a autonomia do Banco Central, os projetos dos fundos públicos e a renegociação de dívidas, que podem ficar para a próxima semana”, disse. O parlamentar defende a liberação de emendas na tentativa de aumentar o apoio no Congresso. “Neste ano, isso não pode ajudar mais. Mas, no contexto geral, o relacionamento do parlamento com o poder Executivo é baseado nas emendas impositivas que precisam ser executadas e atendem deputados do governo e da oposição.” Sobre a comissão que deveria ser formada para votar as Leis de Diretrizes Orçamentárias, é provável que ela não aconteça e a pauta vá direto ao plenário. De acordo com ele, os parlamentares não tem interesse em ser nomeados por 15 ou 20 dias. Ele ainda citou o “apagão das canetas” que toma conta dos servidores. Para Barros, o Brasil tem uma máquina pública que custa 80% da arrecadação total e ela está parada porque existe um ataque ideológico por questões de ativismo político.

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