Rio suspende áreas de lazer e proíbe estacionamento na orla, mas praias continuam abertas

Decisão de recuar na flexibilização ocorre diante do crescimento acelerado de casos e óbitos

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2020 07h08
ANDRE MELO ANDRADE/MYPHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Especialistas viram com bom olhos as medidas, mas ainda acham que elas são tímidas diante do problema

A Prefeitura e o governo do Rio de Janeiro decidiram por voltar atrás na liberação da quarentena. Foi anunciado nesta quinta-feira, 10, um recuo em medidas de flexibilização em meio ao que pode ser uma segunda onda da pandemia da Covid-19. A decisão conjunta prevê o escalonamento das atividades econômicas da indústria, comércio e serviços para tentar evitar as constantes aglomerações observadas nos transporte públicos urbanos. O estacionamento de veículos particulares na orla da cidade também está proibido aos fins de semana e feriados. As pistas e avenidas da zona sul, área nobre da capital, que fecham nessas datas e viram áreas de lazer, não serão mais bloqueadas. Tudo para tentar evitar concentração de pessoas — especialmente em dias de sol e temperaturas elevadas.

As autoridades também decidiram proibir o uso de piscinas e saunas em condomínios residenciais do Rio. A decisão de recuar na flexibilização ocorre diante do crescimento acelerado de casos e óbitos, superlotação de UTIs na rede pública e privada e também na fila para internação de pacientes com Covid-19 cada vez maior. Atualmente, mais de 500 pessoas estão nessa espera que não para de crescer. Especialistas viram com bom olhos as medidas, mas ainda acham que elas são tímidas diante do problema. O Estado pretende começar a vacinar a população contra o coronavírus a partir de janeiro com a vacina da Oxford/Astrazeneca. O RJ deve imunizar 3,4 milhões de pessoas. Já a cidade de Niterói, vizinha da capital, fechou um contrato com o Instituto Butantan e vai comprar 1,1 milhão da CoronaVac — em um investimento de R$ 57 milhões.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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