Salles defende ‘modelo Nova York’ para São Paulo, critica Nunes e diz que lutará contra ‘atraso’ de Boulos

Após se lançar pré-candidato, deputado federal disse que vai representar o grupo bolsonarista na disputa pela capital paulista

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2023 09h24 - Atualizado em 02/03/2023 12h15
Reprodução/Jovem Pan News/Jornal da Manhã Deputado federal Ricardo Salles em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã desta quinta-feira Deputado federal Ricardo Salles em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã desta quinta-feira

Após lançar sua pré-candidatura à prefeitura da cidade de São Paulo, a ser disputada em 2024, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) concedeu entrevista exclusiva nesta quinta-feira, 2, ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para falar sobre a questão. Ele disse defender o ‘modelo Nova York’ para o município, criticou a atual gestão, de Ricardo Nunes (MDB), com quem aparece empatado nas primeiras pesquisas, e afirmou que lutará contra o que chamou de “atraso” representado pelo também deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). “A solução para a cidade é ter em São Paulo o que estou propondo, que é a visão que se teve em Nova York, do Rudolph Giuliani. Aquele modelo de consertar todas as janelas quebradas, que aqui no Brasil se convencionou de chamar de tolerância zero com todas as coisas irregulares. Um programa de lei, de ordem, de respeito à coisa pública, de atuar firmemente. Há grande interesse da sociedade por um prefeito que ponha ordem na casa. O modelo Nova York é o grande modelo que a gente tem que implementar na cidade de São Paulo”, afirmou Salles.

Sobre aqueles que considera seus principais oponentes na futura disputa, Boulos e Nunes, Salles discorreu diversas críticas, ao psolista pela sua posição de comando do MTST em São Paulo, e associou o emedebista às máfias do lixo e do transporte. “De um lado nós temos o Guilherme Boulos, que representa tudo de mais atrasado que pode haver para a cidade de São Paulo. Uma pessoa cuja projeção política se deu em razão da invasão de propriedades privadas e públicas. Você ter como prefeito de São Paulo aquele que se notabilizou por comandar o movimento de invadir propriedades é um contrassenso na cidade de São Paulo, que é o motor da economia no Brasil, uma cidade dinâmica, empreendedora. Não se pode ter um prefeito que está lastreando a sua plataforma política em desrespeitar aquilo que é o item mais básico do desenvolvimento, que é o respeito à propriedade privada. Por outro lado, a atual administração segue, como em anos anteriores, refém de todos os grupos de interesse que mandam nesta cidade e fazem dos serviços públicos aquilo que há de pior para a população brasileira. Há o pior transporte público, porque há um controle das máfias do transporte; se tem o pior sistema de lixo, porque há a máfia do lixo; o pior tudo. A cidade de São Paulo está feia, suja, destruída, cheia de ruas esburacadas, iluminação que não funciona, poda de árvore que não foi feita, enfim, semáforo que não funciona. A cidade está abandonada, porque sua administração, há anos vem sendo refém desses grupos de interesse que comandam a cidade”, comentou o deputado.

Salles ainda explicou que a confirmação do PL de sua pré-candidatura será dada a passos lentos, com discussões internas que serão feitas para tentar viabilizar de fato a disputa, visto que o partido participa da atual gestão de Ricardo Nunes, por meio da Secretaria do Verde e subprefeituras. “Quando se coloca em causa o apoio ao atual prefeito, coloca-se em causa também o espaço que tem na administração pública municipal. Mas ontem houve uma reunião da bancada do PL aqui do Congresso Nacional, e os deputados do PL de São Paulo da ala bolsonarista deram apoio unânime à minha candidatura.  Nós temos a maior bancada da Câmara Federal, consequentemente, o maior tempo de televisão, o maior fundo partidário. Não tem sentido o PL ser uma legenda a reboque da administração desastrosa, mais uma, do atual prefeito, que foi eleito, inclusive, só porque faleceu o Bruno Covas (sic). O atual prefeito não teve um voto. Ele foi colocado lá para ser vice do Bruno. Que sentido tem o maior partido abrir mão do quarto deputado mais votado de São Paulo e quinto mais votado Brasil, que é o meu caso, para apoiar um prefeito que nem sequer eleito foi?”, questionou.

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