Salles recua e mantém meta de desmatamento até 2023

A mudança foi motivada pela área técnica do ministério da Economia que deseja o compartilhamento de responsabilidades com as pastas da Agricultura, Justiça e Defesa

  • Por Jovem Pan
  • 06/08/2020 07h13 - Atualizado em 06/08/2020 07h54
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Vinícius Loures/Câmara dos Deputados Durante uma entrevista a Agência France Press, Ricardo Salles destacou que o objetivo é reduzir os índices

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recuou da proposta de substituir o patamar de redução das queimadas e desmatamento ilegal em 90% até 2023 pela meta de proteger uma área de 390 mil hectares de Floresta Amazônica. A mudança do ministério foi motivada pela área técnica do ministério da Economia que deseja o compartilhamento de responsabilidades sobre as metas com as pastas da Agricultura, Justiça e Defesa. Ambientalistas e entidades haviam demonstrado preocupação após o encaminhamento do ofício.

Durante uma entrevista a Agência France Press, Ricardo Salles destacou que o objetivo é reduzir os índices. “Nós entendemos que o primeiro passo, que já pode ser alcançado esse ano,  é a partir do segundo semestre parar o aumento do desmatamento. E, a partir do ano que vem, reduzir o desmatamento para voltarmos a termos índices decrescentes, ou seja, diminuir”, afirma. Em julho a Amazônia registrou crescimento de 28% no números de focos de calor em relação ao mesmo período do ano passado.

*Com informações da repórter Daniel Lian

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