Salles recua e mantém meta de desmatamento até 2023
A mudança foi motivada pela área técnica do ministério da Economia que deseja o compartilhamento de responsabilidades com as pastas da Agricultura, Justiça e Defesa
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, recuou da proposta de substituir o patamar de redução das queimadas e desmatamento ilegal em 90% até 2023 pela meta de proteger uma área de 390 mil hectares de Floresta Amazônica. A mudança do ministério foi motivada pela área técnica do ministério da Economia que deseja o compartilhamento de responsabilidades sobre as metas com as pastas da Agricultura, Justiça e Defesa. Ambientalistas e entidades haviam demonstrado preocupação após o encaminhamento do ofício.
Durante uma entrevista a Agência France Press, Ricardo Salles destacou que o objetivo é reduzir os índices. “Nós entendemos que o primeiro passo, que já pode ser alcançado esse ano, é a partir do segundo semestre parar o aumento do desmatamento. E, a partir do ano que vem, reduzir o desmatamento para voltarmos a termos índices decrescentes, ou seja, diminuir”, afirma. Em julho a Amazônia registrou crescimento de 28% no números de focos de calor em relação ao mesmo período do ano passado.
*Com informações da repórter Daniel Lian
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.