São Paulo anuncia contratação de 70 mães para programa contra a evasão escolar

Objetivo é resgatar as crianças e os adolescentes que deixaram a rede municipal de educação durante a pandemia e evitar novos casos de abandono

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2021 09h20 - Atualizado em 04/09/2021 09h22
Governo de São Paulo/Divulgação Criança escreve em caderno Também haverá ações para prevenir a violência sexual, um dos principais motivos que levam crianças e adolescentes a abandonarem os estudos

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 3, um plano contra a evasão escolar. O objetivo é resgatar as crianças e os adolescentes que deixaram a rede municipal de educação durante a pandemia e evitar novos casos de abandono. Foram firmadas parcerias com o Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, e com o Instituto Liberta. Segundo o prefeito Ricardo Nunes, uma das ações previstas é a contratação de 70 mães, que farão a busca ativa de alunos que pararam de frequentar as aulas. “Teremos também as informações das pesquisas do programa de saúde da família com mais de 14 mil profissionais em visitas às residências, além das equipes de assistência social que visitam 63 mil famílias todo o mês.”

As mães contratadas serão divididas em 13 diretorias regionais de educação e receberão salário de R$ 1.150, por quatro horas diárias de trabalho e mais quatro horas semanais. Também haverá ações para prevenir a violência sexual, um dos principais motivos que levam crianças e adolescentes a abandonarem os estudos. O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, diz que o problema não é novo, mas piorou com a pandemia. “É um problema que sempre existiu e é uma preocupação constante dos profissionais da educação, que tem o compromisso de educar os nossos estudantes”, disse. Também nesta sexta, a gestão municipal de São Paulo confirmou que começará na semana que vem a aplicação da dose adicional da vacina contra Covid-19 em idosos com mais de 90 anos. Estão nessa faixa etária 52 mil pessoas.

Apesar das divergências entre o governo de São Paulo e o Ministério da Saúde, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, diz que, inicialmente, na capital, a CoronaVac também será usada para o reforço. Segundo ele, a recomendação da Saúde “estabelece que preferencialmente a dose de reforço seja aplicada com imunizante de RNA mensageiro ou de vetor viral, que são a Janssen e a AstraZeneca”, mas não proíbe o uso da vacina do Instituto Butantan para a dose extra. Na segunda-feira, também começa na capital a vacinação de adolescentes de 12 a 14 anos sem comorbidade, o que somam cerca de 360 mil pessoas. Ao mesmo tempo, continua normalmente a aplicação da primeira e segunda doses para o público já elegível.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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