Saúde inclui doenças neurológicas entre comorbidades para vacinação prioritária

Nova atualização abrange, por exemplo, vítimas de acidente vascular cerebral, demência vascular, indivíduos com deficiência neurológica grave, paralisia cerebral e esclerose múltipla

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2021 07h32 - Atualizado em 21/05/2021 10h24
ADRIANA TOFFETTI/A7 PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Vacina contra a Covid-19 sendo aplicada em uma pessoa Vão entrar no grupo prioritário vítimas de acidente vascular cerebral, ataque isquêmico transitório, demência vascular e de doenças neurológica crônicas que tem impacto na função respiratória

O Ministério da Saúde incluiu as doenças neurológicas crônicas na lista das chamadas comorbidades que dão direito a vacinação contra a Covid-19 . Vão entrar no grupo prioritário vítimas de acidente vascular cerebral, ataque isquêmico transitório, demência vascular, doenças neurológica crônicas que tem impacto na função respiratória, doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular. Indivíduos com deficiência neurológica grave, paralisia cerebral e esclerose múltipla também estão incluídos. Nesta sexta-feira, 21, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai visitar instalações da uma fábrica veterinária em São Paulo. O objetivo é discutir a viabilização da produção de vacinas no local. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também promete entregar cerca de 5,3 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Com isso, será ultrapassada a marca de 40 milhões de doses da AstraZeneca entregues, sendo pouco mais de 36 milhões produzidas no país.

Em meio à contabilidade das doses, o Ministério da Saúde confirmou a chegada de mais quatro milhões de vacinas pelo consórcio Covax Facility em julho. Inicialmente, a promessa de entrega era até setembro. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o secretário executivo da Saúde, Rodrigo Cruz, anunciou que está em discussão dentro do ministério a ampliação do número de municípios que poderão receber as doses da Pfizer. Atualmente, os imunizantes do laboratório norte-americano só estão sendo utilizados nas capitais por causa das características especiais de armazenamento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite que as vacinas sejam armazenadas por até uma semana em temperaturas mais altas, de 2º a 8º. No entanto, estudos do próprio laboratório apontam que seria seguro o armazenamento até por 30 dias nessas temperaturas, o que, segundo o secretário, abriria espaço para o aumento de distribuição da doses.

“É uma notícia muito importante no sentido da gente caminhar para a interiorização da vacina. Hoje, ela tem essa característica específica e nem todos os municípios podem receber por conta da característica de armazenagem. A ideia é que com a comprovação da estabilidade da vacina por até 30 dias na temperatura de 2º a 8º a gente consiga ampliar para todo o país a distribuição”, disse. A expectativa é que a Pfizer encaminhe nos próximos dias uma solicitação à Anvisa para que essa recomendação de temperatura seja alterada. Atualmente, as vacinas ficam armazenadas por até 14 dias em temperaturas entre -15º e -20º e cinco dias em geladeira normal.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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