‘Se não respeitarem, medidas mais drásticas serão tomadas’, diz secretário de Transporte de SP

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2020 09h52 - Atualizado em 11/05/2020 10h23
Reprodução / Redes sociais De acordo com o secretário, foi identificado um aumento da população descumprindo o decreto

O secretário municipal de Transporte, Edson Caram, defendeu o novo modelo de rodízio ampliado que foi adotado na cidade de São Paulo no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus. A medida tem como objetivo aumentar o índice de isolamento social no município.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, Caram alegou que se a cidade não registrar pelo menos 60% de isolamento social, medidas mais drásticas serão tomadas. “Temos um decreto que deve ser cumprido, mas estão pregando a desobediência. Não pode ser por aí. Não estamos brincando.”

“A Prefeitura está fazendo movimentos no sentido de mostrar para a população que o ideal é ficar em casa. Estamos dando recados para que as pessoas fiquem em casa. Retirar 50% da frota das ruas não significa que temos interesse que elas migrem para o transporte coletivo.”

De acordo com o secretário, foi identificado um aumento da população descumprindo o decreto. “Queremos trazer de volta a ideia de que, ao respeitar as regras, as pessoas estão preservando vidas. Se não, vai faltar leito em hospital e em UTI.”

Porém, ele reconhece que pessoas estão se deslocando por necessidade. “Sabe porquê está aglomerando? O governo federal prometeu auxilio de R$ 600 e não está chegando. Não sei se isso é de propósito ou não. Então muitas pessoas precisam sair de casa para garantir o sustento.”

Caram destacou que entre muitos modelos de restrição da mobilidade, o escolhido é o “menos agressivo”. Segundo ele, o município de São Paulo está se portando de forma exemplar já que a segunda-feira (11) amanheceu sem grandes alterações no volume de pessoas no transporte público e com a circulação “mais tranquila”.

Ele ainda disse que a decisão do rodízio ampliado foi inspirado em cidade como Shangai, na China, e que o Estado do Maranhão já “copiou São Paulo”.

Táxis e apps

De acordo com Edson Caram, os carros que prestam serviços aos aplicativos de transporte não entraram como exceção nas novas regras porque são particulares. Aso táxis a restrição não se aplica por já serem excluídos do rodízio tradicional.

Com mais de 200 mil motoristas cadastrados, os apps são responsáveis por boa parte da mobilidade da cidade. “Eles não estão sendo proibidos de trabalhar. Os carros de aplicativo são particulares e serão tratados como tal, eles se enquadram como qualquer outro motorista.”

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.