Secretária acredita em desestatização dos Correios e Eletrobras ainda em 2021

Martha Seillier, do Plano Parcerias de Investimentos, está otimista com a inclusão das estatais no programa

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2021 10h26 - Atualizado em 17/03/2021 16h57
Wilton Junior/Estadão Conteúdo Fachada do prédio da Eletrobras Martha explicou que o caso dos Correios e da Eletrobras dizem respeito a modalidades distintas de desestatização

A secretária Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, está otimista com a inclusão dos Correios, da Eletrobras e da EBC em plano de desestatização. As duas primeiras empresas já tinham estudos em andamento e, de acordo com Martha, podem ter seus processos concluídos ainda em 2021. A empresa de comunicação deve ficar para 2022. Na reunião do PPI ontem, todos votaram de forma unânime para a inclusão das três estatais. “Já discutíamos marcos legais, mas precisávamos dessa formalização para dar início a etapa de estudo”, disse a secretária.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Martha Seillier afirmou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, esteve presente na reunião e também foi recentemente ao Congresso entregar em mãos o projeto dos Correios. Para ela, os atrasos não acontecem por falta de vontade. “Temos hoje, formalmente na carteira, 17 empresas em processo de desestatização. As pessoas tem que entender que isso tem várias etapas que precisam ser seguidas com muita responsabilidade. Não são estudos feitos em 15, 20 dias. A legislação não permite isso. Cada estatal foi criada para um ou vários serviços públicos e precisamos garantir que eles sejam aprimorados com a regulação e fiscalização necessária.”

Além disso, Martha explicou que o caso dos Correios e da Eletrobras dizem respeito a modalidades distintas de desestatização. “Os Correios encaminhamos para venda de controle, somado com contrato de concessão dos serviços. O objetivo não é vender ativo e não ter mais companhias operando. Essa empresa é muito importante, atinge praticamente todos os municípios. É fundamental para levar cartas, encomendas e políticas públicas para as cidades. Não podemos ter privatização sem regulação e contrato com o governo. É uma rota dupla. No caso da Eletrobras, o governo detém mais de 60% das ações da companhia somando União e BNDES e ela vale R$ 50 bilhões. Com a capitalização e novos investidores, o governo fica com 45% das ações e passaria a ter um valor de R$ 140 bi porque o processo de capitalização agrega valor. Tem participação do governo e controle pulverizado”, explicou.

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