Secretaria de São Paulo deve apresentar estudo sobre uso de máscaras nesta semana
Segundo Edson Aparecido, a capital paulista vive um momento de queda dos índices da Covid-19, o que deve permitir um ‘ambiente positivo’ para a retirada do item de proteção ainda em 2021
O Estado de São Paulo não registrou nenhuma morte por Covid-19 nesta segunda-feira, 8, sendo se primeira vez que isso acontece desde o início da pandemia no Brasil. Na capital paulista, a situação é ainda mais positiva: o último óbito pela doença aconteceu em 30 de outubro, explica o secretário de Saúde do município, Edson Aparecido. “No sábado, 6, tivemos uma média móvel em 7 dias de quatro óbitos. Em abril, foram 247 óbitos na média móvel. Também estamos com a ocupação dos leitos na cidade em queda. Temos cerca de 34% dos leitos ocupados, com uma redução muito grande que tivemos no número de leitos. Eram 1400 [vagas totais], agora temos apenas 562. Eram praticamente 20 hospitais de Covid-19 e temos apenas cinco e devemos fazer a reversão do hospital da Moca e de São Miguel. É momento de estabilização em queda, isso em função do grande avanço da vacinação que tivemos na capital”, ressaltou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
Com os bons resultados, a expectativa é pelo fim do uso obrigatório de máscaras em ambientes abertos. Sobre a possibilidade, Edson Aparecido lembra que, há cerca de um mês, uma pesquisa apontou altos índices de contaminação dentro do ambiente familiar, onde o item de proteção não é adotado. Por isso, a retirada da exigência não era bem vista. Agora, um novo estudo deve ser divulgado na quinta-feira, 11, o que vai respaldar a decisão do prefeito Ricardo Nunes. “Estamos terminando de fazer um novo estudo, que deve ser apresentado por ele até quinta-feira agora para tomar a decisão em relação à utilização da máscara. […] Seguramente, teremos um ambiente, até o final de novembro ou começo de dezembro, bastante positivo para que a decisão possa ser tomada”, pontuou, alertando que, mesmo com os índices positivos, “a pandemia continua”.
Em números, o avanço da imunização mostra que 95,5% da população adulta já está vacinada na cidade de São Paulo com as duas doses; 100% dos jovens com mais de 12 anos foram vacinados e 30% dos idosos e profissionais de saúde já receberam a terceira dose contra a Covid-19. Segundo Edson Aparecido, a capital já aguarda o direcionamento do Ministério da Saúde, da Anvisa e da secretaria estadual sobre o reforço vacinal em 2022. “Seguramente, a Covid-19 se transformará como temos a influenza, com a necessidade de vacinação todos os anos. Temos que nos preparar, a capital tem uma condição de rapidamente vacinar a população e nós aguardamos a orientação do Ministério da Saúde”, concluiu.
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