Secretário de Assistência Social de SP detalha novo modelo de atendimento a moradores de rua

Em entrevista à Jovem Pan News, Carlos Bezerra Jr., avaliou que a capital paulista não conseguirá atender à demanda sem apoio da região metropolitana

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2023 07h45
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Pessoa em situação de rua prepara comida Pessoas em situação de rua na Avenida Gastão Vidigal, no bairro da Vila Leopoldina, zona oeste da cidade de São Paulo

De acordo com o último censo da Prefeitura de São Paulo, mais de 32 mil pessoas vivem em situação de rua na cidade. Entretanto, este número deve ser ainda maior, pois em média 600 novos moradores de rua se estabeleceriam na capital paulista todos os meses. Em entrevista à Jovem Pan News, o secretário municipal de Assistência Social, Carlos Bezerra Jr., avaliou que a cidade não conseguirá atender à demanda sem apoio da região metropolitana: “O mês de novembro, por exemplo, nos chamou a atenção. Foram mais de 1,9 mil pessoas, só no mês de novembro. E claro que isso tem um impacto. Eu estou dizendo isso pelo seguinte, nós precisamos hoje de um esforço metropolitano, de uma coordenação metropolitana de integração de políticas públicas”. O secretário de Assistência Social ainda destacou que o perfil das pessoas em situação de rua é muito distinto e que o tráfico de drogas e demais crimes, comuns na região central, têm sido acompanhados com apoio da polícia.

Bezerra Jr. também detalhou o novo modelo de atendimento a essa população mais vulnerável, o Ampara São Paulo: “É uma transformação, são inovações nos mecanismos de abordagem, tornando a abordagem ainda mais atraente, com uma equipe multidisciplinar que conta com os mais diversos profissionais, profissionais da área da saúde mental, profissionais contadores de histórias, arte-educadores, que aproximam as pessoas através do violão ou de dramatizações. Temos nessa equipe o diferencial de que 20% das pessoas que compõem as equipes são pessoas que tiveram trajetórias de rua, ou seja, abordam e dialogam de forma muito mais próxima. E também a presença de pessoas LGBTQIA+, para que possam fazer um acolhimento e um diálogo ainda mais próximo e humanizado”.

“Nós temos hoje os Centros de Acolhida, com mais de mil profissionais espalhados na abordagem em toda a cidade, em todos os territórios. Mas nós estamos trazendo um modelo em que nós estamos trazendo várias inovações para tornar mais atraente as vagas e as vagas são fixas, preferencialmente em hotéis, para que a gente possa acolher com mais dignidade um número maior de pessoas”, declarou.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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