Secretário de comunicação admite desafio, mas prega união
Repetindo sempre que “governar é saber comunicar com dados corretos e transparentes”, o secretário de comunicação do governo, Fábio Wajngarten, emplacou mais uma campanha, dessa vez para divulgar o pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Essa é a quinta grande campanha desde que ele assumiu o cargo.
Vindo da publicidade e sem experiência de governo, Wajngarten admite que o trabalho não é fácil, e costuma dizer que o objetivo só será alcançado se todos trabalharem juntos. “É um equívoco quem acredita no fim das mídias consideradas tradicionais. Nossas campanhas vão estar no maior número de meios possíveis. Para nós, da Secom [Secretaria Especial de Comunicação Social], todas as mídias são importantes, principalmente em um país com dimensões territoriais tão gigantescas como o Brasil. Só atingiremos todos os brasileiros em um esforço conjunto de todas as mídias”, declarou.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), desde o início do governo, defende a necessidade de se acabar com os privilégios na distribuição da chamada “publicidade oficial”. Em setembro, ele chegou a anunciar a edição de uma Medida Provisória (MP) para rever as regras dessa distribuição.
O discurso oficial é de que é preciso democratizar o setor. O secretário garante, no entanto, que qualquer mudança será discutida com os interessados. Ele explica que o grande problema é que o Brasil, hoje, vive uma “guerra de versões”, e é preciso saber conviver com essa nova realidade.
Ainda de acordo com Wajngarten, cada versão apresenta o interesse de um grupo e, por isso, o objetivo é garantir que a posição do governo também seja ouvida. “Lançamos uma campanha para defender a imagem do Brasil no exterior. Comerciais em TV, internet e em vários idiomas: inglês, francês, alemão, espanhol, para mostrar o Brasil com s para o Brazil com z, que olha apenas um lado da notícia.”
Semana do Brasil
Bolsonaro costuma dizer que Wajngarten é “ligado no 220”. Foi ideia do secretário, por exemplo, o lançamento da Semana do Brasil. Ele explicou que a campanha aumentou as vendas em 11,3% no período, com 15 mil empresas participantes. Para o ano que vem, a semana já está marcada para o período de 3 a 13 de setembro.
O secretário garante que, em 2020, os resultados serão ainda melhores, uma vez que as datas no comércio precisam de um tempo para se consolidar.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin
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