Sem consenso, Câmara tenta votar novo Código Eleitoral nesta quinta

Entre os pontos mais polêmicos, texto prevê quarentena de cinco anos para candidatura de juízes, policiais e militares, além de vetar a divulgação de pesquisas na véspera das eleições

  • Por Jovem Pan
  • 09/09/2021 11h21 - Atualizado em 09/09/2021 11h23
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Gustavo Sales/Câmara dos Deputados A deputada federal Margarete Coelho durante audiência pública na Câmara Deputada Margarete Coelho garante que há consenso na maioria dos pontos do texto e diz que chegou a chora de 'contar cabeças'

Com aval do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara dos Deputados pode votar ainda nesta quinta-feira, 9, o novo Código Eleitoral. A tramitação havia sido questionada no STF, mas a maioria dos ministros entendeu que não há irregularidade na tramitação, como alegam alguns parlamentares. Entre diversas mudanças, o texto prevê quarentena eleitoral de cinco anos para que juízes, policiais e militares disputem as eleições, com início a partir de 2026. Um dos pontos mais criticados é o veto a pesquisas eleitorais na véspera o pleito, que pode valer já em 2022. A relatora da proposta, deputada Margarete Coelho, garante que há consenso na maioria dos pontos do texto. “Tudo que poderia evoluir em termos de consenso nesse projeto se conseguiu. Claro que há temos extremamente caros para essa ou aquela bancada e que chega a hora, a democracia é assim, de contar votos, de contar cabeças, de cabe quem tem maioria e de quem é a minoria”, disse.

A revisão do Código Eleitoral é uma das bandeiras do deputado Arthur Lira, que promete não pautar mais o projeto se não for votado nesta quinta-feira. “Isso já vem a duas a três semanas sofrendo, só estou colocando claramente. Duas ou três semanas que esse projeto vem na pauta, com muita conversa, com muitos ajustes. Esse projeto não atenderá 513 parlamentares de 30 partidos”, reforçou. Antes da discussão, os deputados devem analisar ao menos três outras propostas que também podem afetar as eleições de 2022.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

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