Senado aprova projeto que visa neutralizar 100% das emissões de gases do efeito estufa até 2050

Proposta adapta a Política Nacional sobre Mudança do Clima, criada em 2009, ao Acordo de Paris

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2021 11h02 - Atualizado em 04/11/2021 11h02
EFE/Joédson Alves Imagem de árvores e plantas pegando fogo na Amazônia Queimadas e produção industrial a partir de matéria prima poluente, como combustíveis fósseis, fazem parte dos produtores dos gases do efeito estufa

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 03, um projeto que determina que Brasil irá neutralizar 100% das emissões de gases de efeito estufa até 2050. A proposta atualiza a Política Nacional sobre Mudança do Clima, criada em 2009, e a adapta ao Acordo de Paris e aos novos desafios em relacionados ao tema. As metas de redução serão progressivas e definidas com base no inventario brasileiro de emissões de gases do efeito estufa. O plano deve ser elaborados pelo governo federal junto com entidades, sociedade civil e setores econômicos e submetido a um comitê interministerial responsável por politicas climáticas. Entre as emendas incluídas estão o incentivo ao desenvolvimento de pesquisas, produtos e negócios relacionados a bioeconomia e o tratamento prioritário nas politicas publicas para setores produtivos da região Norte.

Durante a discussão do projeto em plenário, o senador Paulo Rocha (PT-PA) destacou que esse é o momento de o projeto ser aprovado. “Chamo a atenção para a importância desse projeto, que institui a Política Nacional sobre Mudanças do Clima para atualizá-la ao contexto do acordo de Paris e aos novos desafios relativos às mudanças do clima”, pontuou. Para Izalci Lucas (PSDB-MG), a proposta é só um primeiro passo e é preciso, a partir de agora, definir politicas publicas. “Espero que isso aqui passe a ser uma política pública de Estado. Esse é o grande problema do Brasil, nós temos política de governo e muito pouca política de Estado. Temos essa mania de aprovar planos maravilhosos, mas que não têm efeito prático. E eu espero que tenha”, disse. O projeto ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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