Senadores querem voto aberto para embaixador

  • Por Jovem Pan
  • 19/08/2019 08h02 - Atualizado em 19/08/2019 12h03
Suamy Beydoun/Estadão Conteúdo eduardo-bolsonaro-embaixada-eua.jpg O texto ainda precisa passar por dois turnos de votação em plenário antes de seguir para a análise dos deputados

Senadores de diversos partidos têm pressionado o presidente Davi Alcolumbre para retomar a discussão sobre o voto aberto. A iniciativa tem relação com a possível indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil em Washington.

A pressão vem até de parlamentares como Renan Calheiros, que defendeu o voto secreto no início do ano na eleição da presidência da Casa. Na ocasião, o Supremo Tribunal Federal foi provocado e decidiu que o posicionamento dos parlamentares não poderia se tornar público pelo risco de serem pressionados pelos votos proferidos.

Calheiros, no entanto, agora é um dos 43 senadores signatários de um requerimento de urgência para análise de um projeto que prevê voto aberto para indicação de embaixadores.

O senador Reguffe é autor de um projeto que prevê votação aberta para decisões sobre perda de mandato e prisão em flagrante de senador por crime inafiançável. Ele defende uma ampliação geral desse modelo de deliberação.

A pressão dos parlamentares surgiu efeito e levou a CCJ a aprovar uma PEC que sugere o voto aberto para eleições da mesa diretora e de presidentes e vices de comissões. O texto ainda precisa passar por dois turnos de votação em plenário antes de seguir para a análise dos deputados.

O fato é que tanto Rodrigo Maia quanto Davi Alcolumbre se comprometeram em barrar qualquer iniciativa que dificulte a ida de Eduardo para a embaixada nos Estados Unidos. Qualquer projeto nesse sentido só deve ser analisado pelo Congresso após indicação e aprovação do nome do filho do presidente da República para o cargo.

*Com informações do repórter Antônio Maldonado

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